Nos últimos anos, os avanços e conquistas de nações africanas vêm rompendo barreiras na imprensa internacional e ganhando destaque nos noticiários globais. Segundo projeções do FMI, das 20 maiores economias que mais crescem no mundo, 14 estão na África.

"Podemos afirmar, sem medo de errar, que o continente africano se torna cada vez mais estratégico pelas suas potencialidades, questões humanas, recursos naturais e energéticos, além de sua relevância no cenário global", avalia o internacionalista Anselmo Otávio.

De acordo com Otávio, o ano de 2025 representou um revés para países como a França, que historicamente se beneficiam da influência colonial para acessar recursos como urânio e outros minérios de alto valor.

Entre os destaques, a África do Sul desponta como ator fundamental na construção de autonomia e soberania regional. Os blocos formados a partir do novo milênio, como BRICS e G20, ganham relevância no cenário multipolar e pressionam por maior democratização da governança global, com crescente participação africana.

Otávio também destacou a consolidação da União Africana como player relevante, especialmente após sua entrada no G20. No entanto, segundo ele, a aliança ainda precisa passar por reformulações. A avaliação é compartilhada por Mamadou Alpha Diallo, doutor em estudos estratégicos internacionais, que defende que a UA deve se tornar "menos tímida" para conquistar mais autonomia e legitimidade.

Por Sputinik Brasil