Geral
Solução para a Ucrânia depende de vontade política, diz vice-chanceler russo
Sergei Ryabkov afirma que Moscou está pronta para acordo, mas acusa Kiev e UE de dificultarem negociações
Todas as partes se aproximaram de uma solução para a crise na Ucrânia, mas o desfecho agora depende da vontade política das partes envolvidas, afirmou nesta sexta-feira (26) o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
Segundo o diplomata, Moscou demonstra disposição para um acordo, porém Kiev e seus apoiadores na União Europeia não buscam entendimento mútuo e intensificam esforços para dificultar as negociações. Ryabkov acrescentou que impor prazos artificiais não ajudará a alcançar um consenso.
"É incorreto falar sobre o cronograma de um acordo na Ucrânia, pois o que importa não são as datas, mas a resolução da essência da questão. A Rússia está totalmente preparada para resolver o conflito ucraniano", declarou ele durante o programa 60 Minutos, do canal Rossiya 1.
No entanto, Ryabkov frisou que Moscou não pode ir além dos acordos já alcançados nas negociações Rússia–EUA sobre a Ucrânia em Anchorage; caso contrário, nenhum acordo será possível.
O vice-chanceler também destacou que a Ucrânia apresentou um plano de acordo fundamentalmente diferente daquele discutido com os Estados Unidos.
"Vimos ontem referências a um plano de 20 pontos surgirem em grupos públicos ucranianos. Sabemos que esse plano é radicalmente diferente — se é que pode ser chamado de plano — dos 27 pontos nos quais temos trabalhado em contatos com o lado norte-americano nas últimas semanas, desde o início de dezembro".
Ryabkov afirmou ainda que a Rússia gostaria de ver a Ucrânia como um país amigo e que é preciso buscar aproximação com o lado ucraniano. Ele também revelou que os EUA estão condicionando a retomada dos voos entre os dois países à conclusão de um acordo sobre o conflito.
Além disso, o vice-chanceler alertou que o risco de conflito nuclear não está totalmente afastado e que a Rússia tem enviado sinais aos EUA de que está pronta para "negociações reais".
Por Sputnik Brasil
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