Separatistas do sul do Iêmen acusaram a Arábia Saudita, nesta sexta-feira (26), de realizar ataques aéreos contra suas forças. O governo saudita, por sua vez, não confirmou a autoria dos bombardeios, embora tenha alertado recentemente as forças locais para que se retirassem das províncias ocupadas pelos iemenitas.

O Conselho de Transição do Sul, grupo apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, relatou que os ataques aconteceram na província de Hadramout, no Iêmen. Ainda não há informações claras sobre vítimas, mas a ofensiva eleva as tensões em meio à guerra civil prolongada e coloca em risco a já frágil coalizão liderada pela Arábia Saudita, que combate os rebeldes houthis apoiados pelo Irã no norte do país há uma década.

Segundo Amr Al Bidh, representante especial de relações exteriores do Conselho, os combatentes do grupo estavam em operação no leste de Hadramout na sexta-feira, após enfrentarem "múltiplas emboscadas" de homens armados. Esses confrontos resultaram em duas mortes e 12 feridos entre os integrantes do Conselho, informou Al Bidh. Os ataques aéreos sauditas teriam ocorrido em seguida.

O Conselho afirmou que suas operações na região tinham como objetivo capturar um homem procurado e combater o contrabando na área.

Avisos sauditas antecederam os ataques

Faez bin Omar, liderança de uma coalizão de tribos em Hadramout, declarou à Associated Press que acredita que os ataques foram um aviso ao Conselho para que retirasse suas forças do local. Uma testemunha, Ahmed al-Khed, relatou ter visto veículos militares destruídos, supostamente pertencentes a forças aliadas ao Conselho.

O canal de satélite do Conselho, AIC, exibiu imagens de telefone celular que, segundo a emissora, mostram os ataques. Em um dos vídeos, um homem atribui os bombardeios a aeronaves sauditas.

Até o momento, autoridades sauditas não responderam aos pedidos de comentário da Associated Press. Na quinta-feira, o reino já havia solicitado a retirada dos separatistas apoiados pelos Emirados Árabes Unidos do sul do Iêmen.

O Conselho de Transição do Sul avançou, no início do mês, sobre as províncias de Hadramout e Mahra, expulsando forças afiliadas às Forças de Escudo Nacional, apoiadas pela Arábia Saudita — outro grupo da coalizão contra os houthis.

Integrantes e apoiadores do Conselho têm hasteado cada vez mais a bandeira do antigo Sul do Iêmen, que foi um país independente entre 1967 e 1990. Na última quinta-feira, manifestantes reuniram-se em Aden, cidade portuária do sul, para apoiar o movimento separatista que defende a restauração da independência do Sul do Iêmen.

Fonte: Associated Press. Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.