Geral
Jovem indígena morre e outro fica gravemente ferido em acidente na BR-101
Colisão de motocicleta ocorreu em trecho da rodovia que corta a comunidade Wassu-Cocal, em Joaquim Gomes; local passa por obras de duplicação e registra histórico de acidentes
Um jovem indígena morreu e outro ficou gravemente ferido após um acidente de motocicleta registrado na noite da última sexta-feira (19), na BR-101, no município de Joaquim Gomes, interior de Alagoas. A colisão aconteceu em um trecho da rodovia que atravessa a comunidade indígena Wassu-Cocal, área onde são frequentes os registros de acidentes.
As vítimas trafegavam em uma motocicleta modelo Pop 100 quando perderam o controle do veículo e colidiram contra uma mureta às margens da rodovia. Abraão Severino da Silva, de 19 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu ainda no local. O jovem completaria 20 anos no próximo dia 13 de janeiro.
O outro ocupante da motocicleta, identificado como David, de 25 anos, foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da base de Joaquim Gomes, e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. De acordo com informações médicas, ele sofreu traumatismo facial e há suspeita de fratura em um dos membros superiores.
Na comunidade indígena Wassu-Cocal, a morte de Abraão causou forte comoção. Familiares e amigos relatam dificuldade em lidar com a perda precoce. Segundo parentes, o jovem era conhecido pelo comportamento prestativo e pela convivência harmoniosa com todos.
O pai da vítima, Severino da Silva, relatou o impacto da notícia. “Estávamos todos alegres em casa e, de repente, chegou a má notícia. Está doendo muito e vai doer ainda mais. Vai ser difícil esquecer”, disse. A mãe, Márcia Maria da Silva, contou que estava na igreja quando recebeu a ligação informando sobre o acidente e descreveu o momento como devastador.
O trecho da BR-101 onde ocorreu o acidente está em processo de duplicação. As obras foram retomadas em novembro de 2024, após mais de 15 anos paralisadas, por meio de acordo entre o Ministério dos Transportes e representantes da aldeia Wassu-Cocal. Apesar da sinalização existente, moradores afirmam que acidentes são recorrentes no local. Há menos de dois meses, outro indígena morreu no mesmo segmento da rodovia, cuja conclusão está prevista para abril de 2027.
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