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Dólar recua frente ao real após decisões do Fed e do Copom e dados do varejo

Moeda americana perde força diante do real e de pares emergentes, influenciada por corte de juros nos EUA, manutenção da Selic e avanço nas vendas do varejo brasileiro.

11/12/2025
Dólar recua frente ao real após decisões do Fed e do Copom e dados do varejo

O dólar à vista abriu em alta nesta quinta-feira (11), mas perdeu força e passou a cair frente ao real. O mercado de câmbio acompanha o ajuste de baixa do dólar ante moedas fortes e outras divisas emergentes, após o Federal Reserve cortar os juros em 25 pontos-base e o Copom manter a taxa Selic em 15%. O cenário de carry trade favorável e os dados positivos do varejo nacional impulsionam a valorização do real.

O banco central americano sinalizou possível pausa nos cortes de juros a partir de janeiro, aumentando as incertezas sobre o ritmo do ciclo de afrouxamento nos EUA. Já o Copom não indicou os próximos passos, deixando o mercado dividido sobre o início ou não de cortes em janeiro de 2026.

No radar dos investidores também está a sinalização de líderes chineses, que se comprometeram a ampliar a demanda interna em 2026, com foco no apoio ao consumo diante das incertezas externas.

A moeda americana chegou a subir nos primeiros negócios, influenciada pelas perdas do petróleo, do minério de ferro e de moedas emergentes no início do dia.

As vendas do varejo restrito subiram 0,5% em outubro ante setembro, atingindo o teto das projeções (mediana era -0,1%). Na comparação anual, avançaram 1,1%, também próximas do teto (1,2%). No varejo ampliado, as vendas cresceram 1,1% no mês, acima do teto das estimativas (0,8%). Já na comparação anual, houve queda de 0,3%, resultado melhor que a mediana esperada (-1,5%).

A Aneel concedeu cinco dias para a Enel comprovar sua capacidade de garantir o fornecimento de energia e responder a eventos climáticos, após ventania deixar mais de 2 milhões de imóveis sem luz na Grande São Paulo. A agência alertou para possíveis punições em caso de novas falhas.

No cenário internacional, a Argentina captou US$ 1 bilhão no leilão do novo Bonar 2029N, com forte demanda (US$ 1,42 bilhão em ofertas). O título foi vendido a US$ 910 por US$ 1.000 de valor nominal, com rendimento de 9,26% ao ano. Foram aceitas US$ 910 milhões em ofertas efetivas, com prorrateio de 41%.

O Banco Central da Turquia reduziu a taxa básica em 150 pontos-base, quarta queda consecutiva desde julho. A taxa caiu de 39,5% para 38% ao ano, a de empréstimos overnight recuou de 42,5% para 41%, e a de captação overnight, de 38% para 36,5%.