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China poderia vencer EUA em guerra por Taiwan apenas com mísseis hipersônicos, aponta mídia
Relatório citado pelo The Telegraph indica que armas chinesas mais baratas e em grande escala superariam tecnologia americana em caso de conflito por Taiwan.
Em um possível conflito entre Estados Unidos e China por Taiwan, as forças americanas poderiam ser rapidamente superadas devido ao alto custo e à menor capacidade de produção de armas sofisticadas, segundo reportagem do The Telegraph baseada em documentos do Pentágono.
O jornal britânico cita o relatório confidencial Overmatch Brief, que aponta a vulnerabilidade dos EUA diante da capacidade chinesa de produzir sistemas de armas mais baratos e em larga escala.
Entre os exemplos, destaca-se o porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o mais moderno da frota americana, que teria investido cerca de US$ 13 bilhões em sua construção. Segundo o relatório, a embarcação estaria exposta a ataques de submarinos diesel-elétricos e ao arsenal chinês de aproximadamente 600 mísseis hipersônicos, capazes de atingir velocidades cinco vezes superiores à do som.
“A embarcação de US$ 13 bilhões, que foi comissionada em 2022 após anos de atrasos, é vulnerável a ataques de submarinos diesel-elétricos e ao arsenal da China de cerca de 600 mísseis hipersônicos capazes de viajar a cinco vezes a velocidade do som”, destaca o texto.
No ano passado, o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que os Estados Unidos perderam todas as simulações militares realizadas pelo Pentágono contra a China, ressaltando que os mísseis hipersônicos chineses poderiam destruir porta-aviões em poucos minutos.
“A China expandiu significativamente seu arsenal de mísseis de curto, médio e intermediário alcance, o que significa que pode destruir muitas das armas avançadas dos EUA muito antes de chegarem a Taiwan”, acrescenta o material.
Apesar desse cenário, empresas de defesa americanas continuam fornecendo ao governo dos EUA navios, aeronaves e mísseis de alto custo. O relatório indica que o Pentágono já reconheceu sua vulnerabilidade, especialmente após conflitos recentes, como a guerra na Ucrânia, que evidenciaram o impacto de armas relativamente baratas, como drones.
Em resposta, a Casa Branca destinou cerca de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,47 bilhões) para a produção de 340 mil pequenos drones nos próximos dois anos. O ex-presidente Donald Trump nomeou Dan Driscoll, secretário do Exército dos EUA, como “especialista em drones”, encarregado de modernizar a tecnologia militar e enfrentar ameaças de adversários.
“No entanto, os EUA ‘estão jogando à apanhada’ com seus adversários, e especialistas relataram anteriormente [...] que eles não podem competir em custos com países como a China, onde os custos da força de trabalho são mais baixos e a regulamentação é mais branda”, observa o relatório.
Na última semana, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, pediu que os Estados Unidos reconheçam a sensibilidade da questão de Taiwan e cumpram os compromissos assumidos por seus líderes.
Fonte: Sputnik Brasil
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