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China pede ao México que abandone práticas protecionistas em disputa tarifária
Governo chinês critica aumento de tarifas mexicano e ameaça investigar barreiras comerciais; México busca proteger indústria local.
O Ministério do Comércio da China solicitou ao México que abandone "práticas unilaterais e protecionistas" o quanto antes, alegando que os aumentos tarifários anunciados pelo país latino-americano prejudicam os interesses chineses.
Apesar de o Congresso mexicano ter reduzido, na quarta-feira (10), as tarifas em relação ao anúncio inicial, as medidas ainda afetam negativamente os interesses nacionais da China, afirmou o ministério em comunicado divulgado nesta quinta-feira.
A China continuará a investigação sobre barreiras comerciais e de investimento do México, iniciada em setembro, após o governo mexicano anunciar planos de elevar tarifas sobre importações de países sem acordo de livre-comércio com o México.
A proposta original, que visa fortalecer indústrias locais e substituir importações da Ásia, poderia afetar cerca de US$ 52 bilhões em compras, segundo o Ministério da Economia mexicano.
"Esses produtos já tinham tarifa... O que faremos é elevá-la até o teto permitido pela Organização Mundial do Comércio", explicou o ministro da Economia, Marcelo Ebrard.
Os investimentos chineses no México aumentaram nos últimos anos, impulsionando o comércio bilateral. No entanto, o avanço das exportações chinesas ameaça a transição do México para a manufatura de alto valor agregado e intensifica a pressão dos Estados Unidos por uma postura comercial mais rigorosa.
Pequim já havia alertado o México sobre os riscos dos aumentos tarifários e chegou a ameaçar com retaliações.
De acordo com o ministério chinês, os ajustes podem até estar alinhados à próxima revisão do acordo EUA-México-Canadá (USMCA), mas nenhum pacto deve prejudicar o comércio global ou os interesses legítimos da China.
Nesta semana, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, declarou que o USMCA poderá ser reconfigurado após a renegociação prevista para 2026.
A pasta chinesa ressaltou que valoriza os laços com o México e espera que o país colabore para resolver as diferenças e aprofundar a cooperação. "Esperamos que o México leve essas preocupações a sério e proceda com cautela", destacou.
O México mantém acordos de livre-comércio com mais de 50 países, incluindo o Japão. Entre os países sem acordo, a China é um dos principais exportadores para o mercado mexicano, ao lado de Coreia do Sul e Índia.
Fonte: Dow Jones Newswires. Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
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