Geral
Tempestade causada por ciclone cancela voos e deixa rastro de destruição em SP
Rajadas de vento ultrapassam 98 km/h, causam apagão, queda de árvores e afetam aeroportos e hospitais na capital paulista.
São Paulo e região enfrentam nesta quarta-feira (10) os efeitos de um ciclone extratropical que se deslocou pelo Sul do país, provocando chuvas intensas, ventos fortes e uma série de danos à cidade, à infraestrutura e aos serviços públicos.
Na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante do Vale, Zona Norte, as rajadas de vento ultrapassaram 80 km/h; em outros pontos da capital, chegaram a 98,1 km/h.
A concessionária de energia Enel informou que cerca de 1,2 milhão de clientes na Região Metropolitana de São Paulo ficaram sem luz. A queda de árvores, galhos e objetos sobre a rede elétrica tem dificultado o restabelecimento do serviço, conforme apurado pela reportagem da Sputnik Brasil.
Dados da Defesa Civil apontam a queda de 57 árvores somente na manhã desta quarta-feira, cenário agravado pelo solo encharcado devido às chuvas das últimas 48 horas.
O número de chamados para atendimento a quedas de árvores e estruturas atingidas pelo vento cresceu exponencialmente, segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Voos cancelados em SP
No Aeroporto de Congonhas, Zona Sul, foram registradas rajadas de vento de 96,3 km/h ao meio-dia. Por conta da instabilidade, houve cancelamento e atraso de voos: até as 19h, 167 voos foram cancelados — 80 chegadas e 87 partidas —, segundo a concessionária Aena.
Passageiros relataram espera dentro das aeronaves por escada para desembarque. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, 31 voos de chegada precisaram ser alternados para outros aeroportos, segundo a administração do terminal.
As companhias aéreas Latam e Gol também confirmaram cancelamentos. O apagão afetou ainda hospitais, como o Hospital São Paulo, na Vila Clementino, e parques públicos.
Ciclone extratropical em SP
Autoridades meteorológicas atribuem os estragos à atuação de um ciclone extratropical formado no Sul do país, que ao avançar provocou instabilidade em todo o Sudeste, com chuva intensa, ventos fortes e risco de granizo.
Essa combinação elevou o risco de danos em áreas urbanas, principalmente em regiões arborizadas da capital. Segundo a escala de classificação de ventos fortes, rajadas acima de 90 km/h já representam tempestades capazes de causar danos em estruturas frágeis, queda de galhos e dificultar a circulação de veículos e pedestres.
A Defesa Civil orienta que moradores evitem áreas arborizadas, não estacionem sob árvores ou estruturas metálicas e evitem contato com cabos elétricos expostos. Em caso de emergência, a recomendação é ligar para os órgãos competentes.
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