O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, defendeu nesta quarta-feira, 10, o fim dos repasses de recursos do Sistema S a entidades patronais, como é chamado o conjunto de organizações que inclui Senai, Sesc, Sesi e Sebrae, mantidas com contribuições recolhidas da folha de pagamento de empresas.

"Eu acho que deveria zerar. E já achava antes da decisão do TCU", afirmou Josué, referindo-se ao acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), de 23 de julho, que trata do acompanhamento da transparência das entidades do Sistema S.

Durante café da manhã com jornalistas, Josué classificou a decisão do TCU como "muito bem fundamentada" e destacou que os principais desperdícios de recursos do Sistema S ocorrem na distribuição da taxa de administração para entidades patronais. "E aí não se trata esse recurso com transparência. O TCU determinou que esse recurso deve ter transparência", acrescentou o empresário.

O presidente da Fiesp também rebateu críticas de algumas entidades sobre suposta interferência do tribunal de contas na liberdade sindical. "O TCU não quis interferir na liberdade sindical... A entidade patronal precisa existir. É fundamental que ela exista. Mas é fundamental que ela tenha transparência na aplicação de um recurso que é público", ressaltou Josué.