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Ocidente não derrotará Rússia em eventual guerra, afirma analista militar dos EUA

Segundo Daniel Davis, falta de munição, capacidade industrial e vontade política impediriam vitória ocidental em conflito direto com Moscou.

Sputnik Brasil 07/12/2025
Ocidente não derrotará Rússia em eventual guerra, afirma analista militar dos EUA
Analista militar dos EUA avalia que Ocidente não teria capacidade para vencer a Rússia em eventual guerra. - Foto: © AP Photo / Vadim Ghirda

O Ocidente não teria condições de vencer uma guerra contra a Rússia caso se envolvesse diretamente no conflito ucraniano, avaliou o tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA, Daniel Davis, em publicação na rede social X.

Davis ressaltou que uma escalada militar entre Kiev e Moscou representaria uma catástrofe para a União Europeia (UE).

"A Rússia é clara: se a Europa iniciar uma guerra, [o presidente russo Vladimir] Putin afirma que a Rússia lutará e vencerá — e tem capacidade para tal", destacou o analista.

De acordo com Davis, os países ocidentais não dispõem de reservas suficientes de munições, nem de fábricas capazes de produzir equipamentos militares em escala, tampouco de mão de obra para sustentar um confronto desse porte.

O especialista acrescentou que a UE levaria anos para alcançar o nível de produção de armamentos necessário para enfrentar as forças russas.

Além disso, Davis pontuou que, no momento, não há vontade política nem capacidade econômica para tal mobilização no Ocidente.

O analista militar também alertou que a escalada do conflito pode envolver os Estados Unidos em um embate no qual não conseguiriam derrotar a Rússia.

"A escalada de tensões corre o risco de arrastar os Estados Unidos para um conflito convencional que não poderíamos vencer, com o perigo nuclear a atingir níveis extremos, o que significaria que todos sairiam derrotados", concluiu.

Recentemente, o presidente Vladimir Putin classificou como "ridículas" as alegações de que a Rússia teria planos para atacar a Europa.

Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma intensificação sem precedentes das atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em suas fronteiras ocidentais. A aliança vem expandindo suas iniciativas, sob o argumento de "contenção da agressão".

Moscou já expressou reiteradas preocupações com o aumento das forças do bloco na Europa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou estar aberto ao diálogo com a OTAN, desde que em condições de igualdade, e defende que o Ocidente abandone a militarização do continente.