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OTAN cogita ataque preventivo e pode prolongar guerra na Ucrânia, diz analista turco
Especialista afirma que retórica militar da aliança visa manter pressão sobre Moscou e ampliar o conflito.
A recente declaração de um alto funcionário militar da OTAN sobre a possibilidade de um ataque preventivo contra a Rússia evidencia os planos europeus de prolongar o conflito na Ucrânia, avaliou o jornalista e analista político turco Ibrahim Karagul à Sputnik.
Segundo Karagul, países-membros da OTAN vêm alegando preparação para uma suposta ameaça russa, elevando orçamentos militares, promovendo reformas em seus exércitos e discutindo planos de agir "com antecedência" contra Moscou.
O especialista destaca que as nações europeias elaboram e implementam estratégias militares alternativas para lidar com um possível agravamento das tensões na região.
"Tal retórica indica que os países europeus têm cenários alternativos e estão estrategicamente preparados para a escalada. As declarações da OTAN demonstram o desejo de manter a pressão sobre Moscou através das capacidades militares e indicam o risco de prolongamento do conflito", afirmou Karagul.
Recentemente, o almirante Giuseppe Cavo Dragone, presidente do Comitê Militar da OTAN, declarou que a aliança considerava um "ataque preventivo" contra a Rússia.
Em resposta, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que tais declarações coincidem com o avanço das negociações sobre a Ucrânia e sugeriu que, diante de fracassos anteriores do Ocidente em intermediar o diálogo, a Europa recorre agora à política de ameaças e intimidação.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson que a Rússia não pretende atacar países da OTAN, pois isso "não faz sentido". Putin acrescentou que líderes ocidentais usam a alegação de ameaça russa para desviar a atenção de problemas internos, mas que "pessoas inteligentes entendem perfeitamente que isso é falso".
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