Os contratos futuros de ouro voltaram a subir nesta quarta-feira (3), retomando o rali após uma pausa na véspera, à medida que o mercado digere uma série de dados econômicos dos Estados Unidos, incluindo a eliminação de vagas no setor privado em novembro. A perspectiva de um mercado de trabalho mais fraco aumenta as expectativas de um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, na próxima semana.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro encerrou em alta de 0,27%, cotado a US$ 4.232,50 por onça-troy. Já a prata para março recuou 0,14%, sendo negociada a US$ 58,620 por onça-troy.

Os ganhos dos metais preciosos oscilaram nesta sessão, em meio a dados divergentes sobre emprego e serviços nos EUA, que mantiveram inalteradas as expectativas para o corte de juros pelo banco central americano na próxima semana, segundo monitoramento do CME Group. A Capital Economics compartilha essa visão e projeta que o Fed deve adotar uma mensagem mais hawkish sobre a perspectiva de futuros afrouxamentos monetários.

A alta do ouro pode ser desafiada caso o sentimento de mercado melhore em 2026 e os investidores voltem a alocar capital em ativos de risco, segundo Alexandra Symeonidi, da William Blair. Embora o posicionamento em futuros esteja acima das médias de longo prazo, permanece bem abaixo dos picos de 2025, indicando provável menor otimismo em relação ao metal após uma expressiva valorização desde o início do ano, avalia a analista.

No radar dos investidores, os ETFs aumentaram suas participações em ouro pelo quinto dia consecutivo, adicionando 194.788 onças-troy, de acordo com o ANZ. Esse foi o maior aumento diário desde 21 de outubro.

Com informações da Dow Jones Newswires

Foto: https://depositphotos.com/