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Toffoli autoriza busca e apreensão na Vara Federal da Lava Jato em Curitiba

Ministro do STF determina ação da PF para recolher documentos ligados a casos anteriores à Lava Jato

03/12/2025
Toffoli autoriza busca e apreensão na Vara Federal da Lava Jato em Curitiba
Senador Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato, é alvo de investigação autorizada pelo STF.

Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem, na manhã desta segunda-feira (3), mandado de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde se originou a Operação Lava Jato. A ação visa recolher documentos relacionados a casos anteriores à operação.

A diligência foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de investigação sobre supostas irregularidades na condução de processos criminais pela Justiça Federal do Paraná. Um dos alvos é o senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz titular da vara responsável pela Lava Jato.

Juiz Antonio Bonat assume vara federal responsável pela Lava Jato.

A ordem judicial determina a coleta de documentos que o Supremo vinha solicitando reiteradamente, mas que ainda não haviam sido encaminhados.

Senador Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato, durante sessão no Senado. Foto: Lula Marques/Agência Brasil.

Brasília (DF), 18/05/2023 – Senador Sérgio Moro foi juiz titular da Vara Federal em Curitiba. Foto-arquivo: Lula Marques/Agência Brasil.

Inquérito

O inquérito, que tramita sob sigilo, foi aberto no ano passado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após investigações da PF indicarem a necessidade de aprofundar apurações sobre declarações do empresário e ex-deputado estadual do Paraná Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia.

O caso remonta a um acordo de colaboração premiada firmado em 2004 por Garcia, após sua prisão pela PF sob acusação de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi, em processo anterior à Lava Jato. Garcia acusa Moro de tê-lo intimidado para gravar investigados e "trabalhar" na obtenção de provas contra políticos e outras figuras públicas.

Em nota divulgada quando o inquérito foi aberto, Moro negou "qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás" e classificou como "fantasioso" o relato de Garcia. A Agência Brasil tenta novo contato com o senador para manifestação. A Justiça Federal do Paraná informou que não irá se pronunciar.