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Câmara gastou R$ 419 mil com Ramagem, Eduardo Bolsonaro e Zambelli em um mês, aponta mídia
Deputados afastados do país continuam gerando despesas com gabinetes e cotas parlamentares, mesmo impedidos de exercer o mandato
A Câmara dos Deputados desembolsou R$ 419,3 mil em outubro com os parlamentares Alexandre Ramagem (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), que estão fora do país e impossibilitados de exercer suas funções.
Segundo a GloboNews, os valores correspondem às verbas de gabinete e à cota parlamentar dos deputados.
Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, está nos Estados Unidos desde a segunda quinzena de setembro e atualmente é considerado foragido pela Justiça brasileira.
Carla Zambelli encontra-se presa na penitenciária feminina de Rebibbia, na Itália, desde 29 de julho, após decisão da Justiça italiana, que considerou alto o risco de fuga da parlamentar. Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março, onde atuou defendendo sanções americanas contra autoridades brasileiras. Por conta das ausências, ele se aproximou do limite de faltas que pode levar à perda de mandato e passou a ser alvo de pedidos de cassação apresentados pela bancada do PT.
O salário e a cota parlamentar de Ramagem foram bloqueados a partir de novembro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Apesar disso, em outubro, Ramagem utilizou mais de R$ 20,8 mil em cota parlamentar, segundo a reportagem.
"Somado ao custo da verba de gabinete, Ramagem custou quase R$ 154 mil aos cofres públicos. Além disso, ele continua utilizando um imóvel funcional da Câmara, cujo custo não é divulgado", informa a matéria.
A Câmara não divulgou até o momento o salário de Ramagem no período. O salário de um deputado federal é de R$ 46.366,19, podendo sofrer descontos em caso de faltas injustificadas.
Alexandre de Moraes também determinou, em junho e julho, o bloqueio dos salários e cotas de Zambelli e Eduardo Bolsonaro, de modo que os custos atuais da Câmara com os dois parlamentares se restringem à manutenção de seus gabinetes.
No gabinete de Zambelli, permanecem ativos 12 funcionários, com custo de R$ 132,9 mil em outubro. No de Eduardo Bolsonaro, são nove funcionários, ao custo total de R$ 132,4 mil no mesmo período.
Na última terça-feira (25), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou que deputados não podem votar ou registrar presença estando fora do Brasil.
Por Sputnik Brasil
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