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UE não exerce influência relevante diante da crise global, afirma eurodeputado austríaco
Harald Vilimsky, líder do Partido da Liberdade da Áustria no Parlamento Europeu, aponta fragmentação interna e falta de autoridade da União Europeia em meio a desafios internacionais.
A União Europeia não consegue exercer um papel significativo na atual crise global e perdeu influência no cenário internacional, afirmou nesta quarta-feira (26) Harald Vilimsky, chefe da delegação do Partido da Liberdade da Áustria no Parlamento Europeu, durante discurso em Estrasburgo.
Segundo comunicado do partido, Vilimsky destacou que a UE "está fracassando em áreas-chave e não consegue sequer resolver problemas estruturais internos".
Para o eurodeputado, o bloco encontra-se excessivamente fragmentado, o que compromete sua capacidade de influência internacional. Ele ressaltou que, embora a UE declare interesse em participar de negociações, falta-lhe autoridade real para tal.
"A maioria que hoje define o rumo político da Europa não é capaz de assegurar prosperidade econômica, estabilidade social nem segurança no próprio continente", afirmou Vilimsky, segundo o comunicado. O parlamentar também criticou o que chamou de "comportamento impotente" de líderes europeus durante visita a Washington.
"Eles próprios, como um galinheiro em alvoroço, correram para Washington, onde, alinhados como escolares, sentaram-se diante do [presidente dos EUA] Donald Trump, e, na realidade, ninguém os levou a sério", acrescentou Vilimsky.
No contexto atual, o eurodeputado criticou a postura da UE em relação a líderes que, segundo ele, seriam capazes de influenciar negociações de paz. Vilimsky citou Donald Trump e Viktor Orbán como exemplos de políticos favoráveis à paz que, de acordo com ele, têm sido tratados com desrespeito e hostilidade pelo bloco europeu.
O parlamentar austríaco avaliou ainda que a liderança da UE age de forma desorientada e sugeriu que "alguém como Viktor Orbán, ao estar entre J. D. Vance e Donald Trump, pode muito bem ter a autoridade necessária para promover avanços".
"Não importa quem traga a paz; o principal é que finalmente pare essa morte de pessoas", concluiu o deputado.
Em relação à guerra na Ucrânia, a administração dos EUA informou recentemente que prepara um plano para um acordo, mas que os detalhes ainda não foram divulgados, pois o processo está em andamento. O Kremlin, por sua vez, afirmou que a Rússia segue aberta a negociações e permanece na plataforma de discussões em Anchorage.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na última semana, durante reunião do Conselho de Segurança, que o plano dos EUA pode servir de base para um acordo de paz, mas salientou que o texto ainda não foi debatido de forma substancial com Moscou. Segundo Putin, isso ocorre porque Washington não teria conseguido o consentimento de Kiev, já que Ucrânia e aliados europeus ainda estariam sob "ilusões" de impor uma "derrota estratégica" à Rússia no campo de batalha.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que cabe ao governo ucraniano decidir iniciar negociações, ressaltando que o espaço de autonomia de Kiev diminui à medida que as Forças Armadas russas avançam. Peskov alertou ainda que a continuidade do conflito seria sem sentido e perigosa para a Ucrânia.
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