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Papa pede libertação de estudantes e professores sequestrados na Nigéria

Mais de 200 pessoas permanecem em cativeiro após ataque a escola católica; pontífice manifesta solidariedade e clama por segurança em instituições de ensino

24/11/2025
Papa pede libertação de estudantes e professores sequestrados na Nigéria
O papa Leão XIV - Foto: Reprodução / Instagram

O papa Leão XIV fez neste domingo, 23, um apelo pela libertação das mais de 200 pessoas ainda mantidas reféns após o sequestro em uma escola católica na Nigéria, considerado um dos maiores já registrados no país.

"Tomei conhecimento com imensa tristeza dos sequestros de padres, fiéis e estudantes na Nigéria", declarou o pontífice.

Segundo a Associação Cristã da Nigéria (CAN), criminosos armados sequestraram 315 estudantes e professores, na sexta-feira, 21, da Escola Católica Santa Maria, localizada no oeste do país. O crime ocorreu poucos dias após um ataque semelhante em uma escola de ensino médio no estado de Kebbi, no noroeste da Nigéria, onde 25 meninas foram levadas.

De acordo com a CAN, 50 estudantes, com idades entre 10 e 18 anos, conseguiram escapar do cativeiro entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, 22. Ao todo, 253 crianças e adolescentes e 12 professores ainda permanecem sob poder dos sequestradores.

"Faço um apelo sincero pela libertação imediata dos reféns", reforçou o papa, expressando sua profunda tristeza, especialmente pelos muitos jovens sequestrados e por suas famílias angustiadas.

"Rezemos por esses nossos irmãos e irmãs e para que as igrejas e escolas permaneçam sempre, em todos os lugares, espaços de segurança e de esperança", afirmou ao final da oração do Angelus.

Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos sequestros e as autoridades nigerianas não divulgaram atualizações sobre os esforços de resgate. O local do cativeiro e o modo como os estudantes fugiram também não foram informados.

A Nigéria ainda carrega as marcas do sequestro, em 2014, de quase 300 meninas por rebeldes do Boko Haram em Chibok, no estado de Borno, nordeste do país. Mais de uma década depois, algumas dessas meninas seguem desaparecidas.

Com informações de agências internacionais.