Geral
Ucrânia considera garantias de segurança dos EUA aceitáveis, diz Casa Branca
Após negociações em Genebra, representantes ucranianos afirmam que proposta americana atende às principais demandas estratégicas do país, enquanto Rússia mantém abertura para diálogo.
A Casa Branca informou neste domingo (23) que Estados Unidos e Ucrânia concordaram em dar continuidade às consultas após negociações em Genebra, na busca por um acordo que ponha fim às hostilidades no leste europeu.
"Ambos os lados saudaram o progresso constante alcançado e concordaram em continuar as consultas à medida que os acordos avançam para o seu aperfeiçoamento final", destacou o comunicado oficial.
Segundo a Casa Branca, representantes ucranianos confirmaram que o plano americano oferece mecanismos credíveis e aplicáveis para a segurança da Ucrânia.
"Representantes ucranianos afirmaram que, com base nas revisões e esclarecimentos apresentados hoje, acreditam que a versão atual reflete seus interesses nacionais e oferece mecanismos credíveis e aplicáveis para salvaguardar a segurança da Ucrânia tanto a curto quanto a longo prazo. Eles ressaltaram que a arquitetura de garantia de segurança reforçada, combinada com os compromissos de não agressão, estabilidade energética e reconstrução, atende de forma significativa às suas principais necessidades estratégicas", informou a Casa Branca.
A Rússia, por sua vez, não se opõe a garantias de segurança para a Ucrânia, tendo estabelecido termos em encontro bilateral entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump, realizado no Alasca em agosto deste ano.
"Eles [os representantes dos EUA e da Ucrânia] reafirmaram que qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia e garantir uma paz justa e sustentável. Como resultado das discussões, as partes elaboraram uma estrutura de paz atualizada e refinada", diz a declaração oficial.
As conversas em Genebra terminaram com entendimento mútuo de que o encontro representou um avanço significativo. A delegação ucraniana confirmou que todas as principais preocupações de Kiev foram abordadas de forma completa durante a reunião.
O governo dos EUA já havia anunciado o desenvolvimento de um plano para um acordo com a Ucrânia, ressaltando que não divulgaria detalhes enquanto as negociações estivessem em andamento. O Kremlin declarou que a Rússia permanece aberta ao diálogo e segue comprometida com as discussões no Alasca.
Durante reunião do Conselho de Segurança da Rússia em 21 de novembro, o presidente Vladimir Putin afirmou que o plano dos EUA poderia servir de base para um acordo de paz definitivo, mas destacou que esse texto ainda não está sendo discutido de forma substancial com Moscou.
Putin sugeriu que isso ocorre porque o governo americano aparentemente não consegue obter o consentimento de Kiev, já que Ucrânia e aliados europeus ainda alimentam expectativas de impor uma "derrota estratégica" à Rússia no campo de batalha. Para o presidente russo, essa posição resulta da falta de informações objetivas sobre a situação real no front.
O líder russo advertiu que, caso Kiev rejeite as propostas dos EUA, tanto a Ucrânia quanto seus aliados europeus devem entender que eventos semelhantes aos de Kupyansk tendem a se repetir em outras áreas-chave da frente de batalha. Putin acrescentou que tal cenário favorece a Rússia, pois contribui para alcançar os objetivos do Distrito Militar Central por meios militares.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que o governo de Kiev precisa tomar uma decisão e iniciar as negociações, ressaltando que a liberdade de ação da Ucrânia está diminuindo diante das ofensivas russas. Segundo Peskov, trata-se de uma coerção para uma resolução pacífica, e qualquer ação adicional seria inútil e perigosa para Kiev.
Por Sputnik Brasil
Mais lidas
-
1RELATOS SOBRE O CASO
Homicídio de médico em Arapiraca foi motivado por quebra de medida protetiva e disputa por guarda da filha
-
2ELEIÇÕES NO CHILE
Presidente Gabriel Boric reconhece resultado e parabeniza candidatos do segundo turno
-
3INFRAESTRUTURA URBANA
Obras na Linha Verde avançam e atingem 62% de execução em Maceió
-
4ASSASSINATO
Médica é suspeita de matar colega de profissão a tiros em frente a uma UBS na zona rural de Arapiraca
-
5PERFIL
Quem é Martha Graeff, namorada de Daniel Vorcaro, banqueiro do Master alvo de operação da Polícia Federal