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Moraes autoriza filhos de Bolsonaro a visitá-lo na PF

Ministro do STF define dias e horários para visitas dos filhos do ex-presidente, que está preso preventivamente em Brasília

23/11/2025
Moraes autoriza filhos de Bolsonaro a visitá-lo na PF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro realizem visitas na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde Bolsonaro está preso preventivamente desde sábado (22).

De acordo com decisão publicada neste domingo (23), o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro deverão realizar as visitas de forma separada, com duração máxima de 30 minutos cada.

Carlos e Flávio Bolsonaro poderão visitar o pai na próxima terça-feira (25), entre 9h e 11h. Já Renan Bolsonaro está autorizado para quinta-feira (27), também entre 9h e 11h.

O ministro manteve liberadas as visitas dos advogados e da equipe médica, além de orientar a Polícia Federal quanto a procedimentos em caso de intercorrência médica. Entre as recomendações, está o acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), considerado a medida mais ágil e segura.

Neste domingo, Bolsonaro recebeu a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Prisão preventiva

Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) neste sábado, por determinação de Moraes. Na decisão, o ministro do STF apontou eventual risco de fuga, citando a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro próximo à casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, o que poderia facilitar uma possível fuga.

Na sexta-feira (21), véspera da prisão, o ex-presidente utilizou uma ferramenta de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, o que acionou alerta para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento. A defesa argumenta que Bolsonaro apresentou confusão e paranoia devido à interação de medicamentos, e afirma que ele colaborou com a troca do equipamento, não havendo tentativa de fuga.

Condenação

Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.

Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os embargos de declaração apresentados pelo ex-presidente e por mais seis acusados, mantendo as condenações e permitindo a execução das penas em regime fechado.