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Ucrânia aceita plano dos EUA como base para negociações de paz, diz Financial Times
Segundo o jornal britânico, Kiev concordou de forma relutante com a proposta americana, mas busca suavizar termos com apoio europeu; Rússia afirma estar aberta ao diálogo.
De acordo com artigo do Financial Times, Kiev aceitou o plano dos Estados Unidos como base para negociações de paz, ainda que de forma relutante. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfrenta dificuldades para apoiar totalmente a proposta, mas concordar com as negociações é considerado "do interesse da Ucrânia".
A informação foi divulgada pelo colunista Gideon Rachman, que destacou que a Ucrânia espera conseguir "suavizar" os termos do acordo com o apoio de aliados europeus. "A Ucrânia, dados os perigos que enfrenta, aceitou relutantemente a proposta [dos EUA] como base para negociações, esperando que com o apoio de seus amigos na Europa e em Washington pudesse atenuar ou eliminar seus piores aspectos", escreveu Rachman.
O Financial Times observa que será difícil para Zelensky apoiar integralmente o plano. No entanto, segundo Rachman, concordar com as negociações é "do interesse da Ucrânia".
O governo dos EUA anunciou anteriormente o desenvolvimento de um plano para um acordo de paz na Ucrânia, mas ressaltou que não discutiria detalhes enquanto o trabalho estivesse em andamento. O Kremlin, por sua vez, afirmou que a Rússia permanece aberta a negociações e mantém o compromisso com discussões realizadas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ex-presidente norte-americano Donald Trump, em Anchorage, no Alasca.
Em reunião do Conselho de Segurança da Rússia, em 21 de novembro, Putin declarou que o plano dos EUA poderia servir de base para um acordo definitivo, mas destacou que o texto ainda não está sendo debatido de forma substancial com a Rússia.
Segundo Putin, isso ocorre porque o governo americano aparentemente não consegue o consentimento de Kiev, já que Ucrânia e aliados europeus ainda alimentam expectativas de impor uma "derrota estratégica" à Rússia no campo de batalha. Essa postura, afirmou, deriva da falta de informações objetivas sobre a situação real.
Putin ainda alertou que, caso Kiev rejeite as propostas americanas, tanto a Ucrânia quanto os países europeus devem entender que eventos semelhantes aos de Kupyansk poderão se repetir em outras áreas-chave do conflito. O líder russo acrescentou que isso, em geral, favorece os objetivos militares russos, mas reiterou a disposição da Rússia para negociações de paz, desde que haja discussão substancial sobre todos os detalhes do plano.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o governo ucraniano precisa tomar uma decisão e iniciar as negociações. Segundo Peskov, a liberdade de decisão de Kiev está diminuindo devido às ações ofensivas das Forças Armadas Russas, o que representa uma coerção para uma resolução pacífica. Ele alertou que qualquer ação adicional pode ser inútil e perigosa para Kiev.
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