Geral
Ex-aliada de Trump, Marjorie Taylor Greene renuncia ao Congresso após racha com ex-presidente
Deputada da Geórgia deixa mandato após desentendimento público com Trump e abre espaço para eleição especial, aprofundando divisões internas entre republicanos.
A deputada Marjorie Taylor Greene, que até recentemente figurava entre os principais aliados de Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (21) sua renúncia ao mandato na Câmara dos Representantes, onde representava o estado da Geórgia.
A decisão ocorre após um rompimento público com o ex-presidente e deve desencadear uma eleição especial para preencher a vaga, intensificando as divisões internas do Partido Republicano.
Em pronunciamento divulgado na plataforma X, Greene afirmou que sua saída busca evitar uma disputa interna "dolorosa e odiosa", segundo ela, incentivada pelo próprio Trump. "Tenho amor-próprio, dignidade e uma família que amo demais. Não quero que meu distrito enfrente uma primária brutal promovida pelo presidente pelo qual todos lutamos, apenas para que eu lute, vença e, no fim, os republicanos ainda corram o risco de perder as eleições de meio de mandato", declarou.
Com a renúncia, será necessária uma eleição especial para preencher o assento, já que o Congresso dos EUA não prevê nomeações temporárias. As eleições de meio de mandato mencionadas por Greene — renovação regular da Câmara — estão previstas para novembro de 2026.
Greene ganhou projeção nacional ao se tornar uma das defensoras mais contundentes de Trump, apoiando algumas de suas pautas mais controversas. Apesar de desentendimentos ocasionais ao longo dos últimos anos, ambos costumavam minimizar os atritos. O rompimento se intensificou após Greene apoiar um projeto que exigia do Departamento de Justiça a divulgação de documentos sobre as investigações envolvendo Jeffrey Epstein, milionário acusado de crimes sexuais e que já teve relação próxima com Trump.
Segundo Greene, os conflitos tornaram-se "absurdos e completamente irracionais". "Recuso-me a ser uma esposa espancada, esperando que tudo passe", afirmou. Ela acrescentou que a alternativa seria "defender o presidente num eventual processo de impeachment depois que ele despejou dezenas de milhões de dólares para tentar me destruir".
Na semana passada, Trump declarou que Greene estava "se desviando do caminho" e confirmou o rompimento político.
A saída da deputada também alimenta especulações sobre seu futuro político. Analistas avaliam que Greene — que possui uma base própria dentro do movimento MAGA — pode estar preparando terreno para uma possível candidatura presidencial em 2028.
Por Sputnik Brasil
Mais lidas
-
1RELATOS SOBRE O CASO
Homicídio de médico em Arapiraca foi motivado por quebra de medida protetiva e disputa por guarda da filha
-
2ELEIÇÕES NO CHILE
Presidente Gabriel Boric reconhece resultado e parabeniza candidatos do segundo turno
-
3INFRAESTRUTURA URBANA
Obras na Linha Verde avançam e atingem 62% de execução em Maceió
-
4ASSASSINATO
Médica é suspeita de matar colega de profissão a tiros em frente a uma UBS na zona rural de Arapiraca
-
5PERFIL
Quem é Martha Graeff, namorada de Daniel Vorcaro, banqueiro do Master alvo de operação da Polícia Federal