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Decisão dos EUA marca o maior salto nas negociações comerciais com o Brasil, diz Alckmin
Revogação de tarifa extra sobre produtos agropecuários é considerada avanço histórico pelo governo brasileiro; medida beneficia exportadores e amplia diálogo bilateral
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta sexta-feira (21) que a nova ordem executiva dos Estados Unidos, ao revogar a tarifa adicional de 40% sobre produtos agropecuários brasileiros, representa o avanço mais expressivo nas negociações bilaterais desde o início do chamado tarifaço.
"Foi o maior avanço nas negociações Brasil-Estados Unidos. Quando começou, tínhamos 36% da exportação brasileira no tarifaço. Agora, temos 22%. Gradualmente, alguns produtos foram saindo, pois já tivemos duas decisões anteriores. Agora, nessa decisão, tivemos o maior avanço: 238 produtos saíram do tarifaço", ressaltou Alckmin.
O ministro observou ainda que o ex-presidente Donald Trump, ao justificar a ordem executiva, citou conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e informações repassadas por sua equipe técnica. Segundo Alckmin, o Brasil mantém confiança na continuidade do diálogo e na redução de barreiras comerciais.
A decisão, anunciada ontem (20), beneficia setores como carne, café, frutas, cacau, açaí e fertilizantes, e terá efeito retroativo a 13 de novembro, assegurando reembolso aos exportadores que pagaram a tarifa adicional desde então.
Reação do governo brasileiro
O presidente Lula celebrou na quinta-feira o gesto dos Estados Unidos. Em vídeo publicado no X, afirmou ter recebido uma notícia que o deixou "muito feliz", ressaltando que Trump decidiu iniciar a retirada da tarifa de 40% sobre diversos itens brasileiros.
Para Lula, a iniciativa representa um passo importante para uma relação mais equilibrada entre os dois países. A mensagem foi gravada ao lado de Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Já nesta sexta-feira (21), Lula chegou a Joanesburgo para participar da Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 22 e 23 de novembro.
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