O ouro encerrou a sessão desta sexta-feira, 21, em alta, revertendo a queda registrada no início do pregão. O movimento foi impulsionado pelo avanço das apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, em dezembro — o que reduz a atratividade de outros ativos que competem com o metal nas carteiras dos investidores.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro subiu 0,48%, fechando a US$ 4.079,50 por onça-troy, praticamente zerando as perdas acumuladas na semana.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que a instituição ainda pode reduzir as taxas no curto prazo sem comprometer a meta de inflação. Já o diretor do Fed, Stephen Miran, declarou que, se precisasse desempatar uma votação, apoiaria um corte de 25 pontos-base.

Para o analista sênior da Kitco Metals, Jim Wyckoff, as declarações "são certamente favoráveis" e "deram aos investidores otimistas do mercado de ouro um incentivo positivo logo no início do dia".

No entanto, não há consenso no Fed sobre um corte na próxima reunião. A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, afirmou que acharia difícil reduzir os juros novamente em dezembro.

No mesmo sentido, a presidente da distrital de Boston, Susan Collins, reiterou sua hesitação em adotar novas flexibilizações na política monetária. Enquanto isso, o diretor Michael Barr destacou que o trabalho do Fed é dificultado pelo atraso na divulgação dos dados econômicos dos Estados Unidos.