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Ouro fecha em alta à espera de ata do Fed e sem divulgação do payroll de outubro nos EUA

Metal precioso avança diante de aversão global ao risco e cautela dos investidores; ausência do relatório de empregos de outubro impacta mercado

19/11/2025
Ouro fecha em alta à espera de ata do Fed e sem divulgação do payroll de outubro nos EUA
Foto: © Sputnik / Ilya Naymushin / Acessar o banco de imagens

O ouro encerrou o pregão desta quarta-feira, 19, em alta, impulsionado pela busca de proteção diante do aumento da aversão ao risco nos mercados globais e da cautela dos investidores antes da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e do payroll dos Estados Unidos referente a setembro, ambos previstos para quinta-feira. A notícia de que o relatório de empregos de outubro não seria divulgado retirou parte dos ganhos do metal durante a tarde, diante da percepção de que o Fed pode manter os juros estáveis em dezembro.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para dezembro subiu 0,4%, fechando a US$ 4.082,8 por onça-troy.

De acordo com analistas do ANZ Research, "os mercados acionários registraram quedas em todo o mundo devido ao nervosismo com avaliações esticadas". Esse cenário estimulou uma "mudança para o modo de aversão ao risco" e favoreceu a busca por ativos de proteção, como o ouro. A volatilidade tende a aumentar com a proximidade do payroll desta quinta-feira.

No aspecto técnico, a StoneX apontou sinais de recuperação no curto prazo. O analista Matt Simpson destacou a formação de um segundo "martelo de alta" no gráfico diário, sugerindo um possível "fundo de reversão". Segundo ele, caso o ouro supere a máxima de terça-feira (US$ 4.084), poderá testar as regiões de US$ 4.200 e US$ 4.250.

O TD Securities observou que as compras do metal cresceram ao longo do ano, mas perderam força no terceiro trimestre, com destaque para o fluxo vindo de gerenciamento de riquezas e fundos hedge. Os bancos centrais continuam comprando, mas os fundos ainda dominam o mercado.

Já a Capital Economics ressaltou que o comércio dos EUA segue impactado por variações nas importações de ouro. Em relatório, a consultoria informou que o déficit comercial diminuiu em agosto "principalmente devido à queda nas importações de ouro", que recuaram US$ 9,3 bilhões no mês.

Com informações da Dow Jones Newswires