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Museu do Louvre reforça segurança com instalação de 100 novas câmeras
Após roubo milionário de joias da coroa, museu anuncia medidas emergenciais e modernização da infraestrutura até 2026
O Museu do Louvre, em Paris, vai reforçar a segurança de seu acervo com a instalação de 100 novas câmeras de vigilância e sistemas anti-intrusão, após o roubo das joias da coroa ocorrido no mês passado.
De acordo com Laurence des Cars, diretora do museu, as câmeras estarão em funcionamento até o final de 2026, enquanto os sistemas anti-intrusão começam a ser instalados já nas próximas duas semanas.
Segundo des Cars, os novos equipamentos impedirão a aproximação de intrusos aos prédios do museu. Embora não tenha detalhado os recursos, ela afirmou que as câmeras devem garantir proteção completa dos arredores do museu.
"Após o choque, após a emoção, após a avaliação, é hora de agir", declarou a diretora ao Comitê de Assuntos Culturais da Assembleia Nacional da França.
As ações fazem parte de mais de 20 medidas emergenciais que serão implementadas. Entre elas, está a criação do cargo de "coordenador de segurança", cuja vaga já foi anunciada este mês.
No dia do roubo, criminosos levaram menos de oito minutos para invadir a Galeria Apollo, utilizando um elevador de carga para acessar o local e levar o tesouro avaliado em 88 milhões de euros.
Laurence des Cars revelou detalhes inéditos sobre a ação dos ladrões: eles usaram cortadores de disco, normalmente empregados para cortar concreto, ao violar as vitrines. "É um método que não havia sido sequer cogitado quando as vitrines foram substituídas em 2019", afirmou. Na ocasião, a proteção foi projetada principalmente para resistir a ataques internos com armas de fogo.
Imagens de segurança mostram que as vitrines "resistiram de forma notável e não se despedaçaram", destacou a diretora. "Os vídeos demonstram o quanto foi difícil para os ladrões."
O reforço da segurança integra o plano decenal "Louvre Nova Renascença", lançado neste ano, que prevê investimentos de até 800 milhões de euros para modernizar a infraestrutura, combater a superlotação e criar uma galeria dedicada à Mona Lisa até 2031.
Com o aumento do turismo, des Cars limitou o acesso diário do público a 30 mil visitantes nos últimos anos. Ela lembrou que a icônica pirâmide de vidro, inaugurada em 1989, foi projetada para receber cerca de 4 milhões de pessoas por ano, mas em 2023 o museu já ultrapassou 8 milhões de visitantes.
"A ampla modernização pela qual o Louvre passou nos anos 1980 está tecnicamente obsoleta, com equipamentos sobrecarregados há quatro décadas", observou a diretora.
Na segunda-feira, o Louvre anunciou o fechamento temporário de alguns escritórios e de uma galeria pública por questões estruturais.
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