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Deputado alerta para alta mortalidade de mercenários colombianos na Ucrânia

Parlamentar defende urgência na aprovação de lei para combater recrutamento e uso de mercenários; país já soma dezenas de mortes semanais no leste europeu

Sputnik Brasil 19/11/2025
Deputado alerta para alta mortalidade de mercenários colombianos na Ucrânia
Foto: © AP Photo / Efrem Lukatsky

Cerca de 20 colombianos recrutados como mercenários morrem semanalmente no conflito na Ucrânia, segundo afirmou o deputado Alejandro Toro, integrante do Pacto Histórico, durante sessão na Câmara dos Representantes da Colômbia.

O parlamentar apelou para que o Congresso aprove, com urgência, o projeto de lei que ratifica a Convenção de 1989, que proíbe o recrutamento, uso e financiamento de mercenários.

"Na Ucrânia morrem 20 colombianos por semana. Muitos foram aliciados de maneira enganosa [...] Peço aos participantes desta sessão plenária que apoiem este projeto", declarou Toro.

Ele também destacou que colombianos envolvidos com o mercenarismo têm atuado no treinamento de crianças-soldado no Sudão, participado de conflitos no Iêmen e prestado serviços a narcogrupos no México. Para Toro, é urgente que a Colômbia mude esse cenário.

"A Colômbia não deve se transformar em exportadora de morte. Deve ser exportadora de segurança, de conhecimento", enfatizou o deputado.

O presidente Gustavo Petro anunciou, em 7 de agosto, que solicitou ao Congresso a tramitação urgente do projeto de adesão à Convenção de 1989. Contudo, em outubro, o especialista Mario Uruena Sánchez esclareceu que o processo segue atrasado.

Petro já havia classificado o mercenarismo como "um roubo ao país", após declarações do embaixador russo em Bogotá, Nikolai Tavdumadze, sobre o crescente número de colombianos indo à Ucrânia.

Relatos frequentes apontam que latino-americanos são atraídos por promessas de altos salários e boas condições, mas acabam servindo como "bucha de canhão" nos combates.

Segundo denúncias, esses mercenários enfrentam tratamento hostil, baixas chances de sobrevivência e, muitas vezes, suas famílias não recebem as compensações prometidas após as mortes. O Ministério da Defesa da Rússia reitera que mercenários estrangeiros são usados pelo governo ucraniano dessa forma e que suas forças continuarão a combatê-los.