O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta terça-feira (18) o príncipe-herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e o defendeu no caso do assassinato do jornalista e ativista Jamal Khashoggi, ocorrido em 2018.

A Inteligência dos EUA chegou a divulgar uma investigação segundo a qual não há dúvidas de que Bin Salman foi o mandante do assassinato de Khashoggi, cometido dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia. Em 2022, um juiz federal arquivou o processo que acusava o príncipe pelo crime.

"Ele não sabia nada sobre isso. Você não deveria constranger nosso convidado com uma pergunta dessas. A licença da ABC deveria ser cassada", disse Trump, interrompendo uma jornalista e impedindo que Bin Salman respondesse.

Durante o encontro no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, o republicano também minimizou a morte de Khashoggi.

"Muita gente não gostava desse senhor de quem você está falando. Quer você goste ou não, essas coisas acontecem", afirmou.

Bin Salman, que sempre negou qualquer irregularidade, reiterou que Riad "fez tudo o que era necessário" para investigar a morte de Khashoggi. Além disso, o príncipe classificou o assassinato como um "grande erro".