Geral
Oposição ucraniana exige reformulação do gabinete de Zelensky após escândalo de corrupção
Partidos oposicionistas pedem renúncia do governo e reestruturação do Parlamento após operação anticorrupção atingir aliados próximos do presidente
Diante de um dos maiores escândalos de corrupção dos últimos anos, partidos de oposição na Ucrânia exigiram nesta segunda-feira (17) a reformulação do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky e a renúncia do governo.
"Apesar de ser impossível realizar eleições sob a lei marcial, é urgente limpar os centros de tomada de decisão da Rua Bankovaya [em Kiev, sede do gabinete de Zelensky], que atualmente monopoliza todo o poder estatal. Isso só pode ser alcançado por meio de ações sistemáticas e consistentes", afirmou, em comunicado, o partido de oposição Holos.
A sigla alertou ainda que as consequências do escândalo podem ser desastrosas para a sobrevivência do Estado. Por isso, defende a renúncia do gabinete, a formação de um novo governo por maioria parlamentar e a reorganização das comissões do Parlamento como medidas essenciais.
"É preciso retornar à governança de acordo com a Constituição. A Constituição ucraniana não menciona o gabinete como órgão central do poder executivo, nem seus chefes ou vice-chefes, a quem são delegadas funções de governo. Portanto, a atual liderança do gabinete do presidente, a começar por seu chefe, precisa de uma redefinição completa e imediata. Esse é um pré-requisito fundamental para qualquer mudança na organização política do poder na Ucrânia", completou o Holos.
O partido Solidariedade Europeia, liderado pelo ex-presidente Petro Poroshenko, também defendeu a renúncia do gabinete e o início de consultas para formação de uma nova coalizão parlamentar.
No início da semana, durante investigações sobre um esquema de corrupção em larga escala, agentes do Escritório Nacional Anticorrupção (NABU, na sigla em inglês) realizaram buscas simultâneas na estatal Energoatom. As operações também atingiram residências do empresário Timur Mindich, aliado de Zelensky, e de German Galuschenko, ministro da Justiça suspenso, que à época dos fatos investigados chefiava o Ministério da Energia (2021–2025).
A agência divulgou imagens de sacolas cheias de dinheiro apreendidas durante a operação, sem revelar o valor exato ou os proprietários. Na última quarta-feira (12), o governo de Kiev suspendeu Galuschenko de suas funções enquanto as investigações prosseguem.
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