Geral

Lançamentos de imóveis sobem 1,6% e vendas recuam 6,5% no 3º trimestre, aponta CBIC

Estoque de imóveis residenciais cresce e liquidez diminui; preço médio sobe 4,4% em relação a 2024

17/11/2025
Lançamentos de imóveis sobem 1,6% e vendas recuam 6,5% no 3º trimestre, aponta CBIC
Lançamentos de imóveis sobem 1,6% e vendas recuam 6,5% no 3º trimestre, aponta CBIC - Foto: Reprodução

O mercado imobiliário brasileiro registrou, no terceiro trimestre, um cenário de maior oferta em relação à demanda, com aumento no estoque de imóveis disponíveis. Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com a consultoria Brain Inteligência Estratégica, os lançamentos residenciais cresceram 1,6% em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 108,8 mil unidades.

No mesmo intervalo, as vendas de imóveis residenciais caíram 6,5%, atingindo 101,3 mil unidades. Já o preço médio dos imóveis vendidos teve alta de 4,4% na comparação anual.

O levantamento contempla 221 cidades e considera apenas apartamentos, excluindo casas e loteamentos.

Com os lançamentos superando as vendas, o estoque de imóveis residenciais disponíveis para comercialização aumentou 3,3% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, chegando a 312,5 mil unidades — incluindo imóveis na planta, em construção ou recém-construídos. Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, esse estoque levaria nove meses para ser escoado, caso não houvesse novos lançamentos. No segundo trimestre, o indicador de liquidez era de oito meses.

Apesar da desaceleração observada no terceiro trimestre, o setor apresentou crescimento no acumulado do ano. De janeiro a setembro de 2025, os lançamentos avançaram 8,4% frente ao mesmo período de 2024, somando 307,3 mil unidades. No mesmo intervalo, as vendas subiram 5%, totalizando 312,2 mil unidades.

Em valores financeiros, os lançamentos atingiram R$ 199 bilhões no acumulado até setembro de 2025, alta de 22,9% sobre igual período de 2024. O volume financeiro das vendas foi de R$ 188,7 bilhões, representando aumento de 13,2%.