Geral
Investigação avalia legítima defesa em caso de médica que matou ex-marido em Arapiraca
Delegado confirma existência de medidas protetivas e denúncia de estupro de vulnerável; prisão pode ser relaxada caso versões sejam comprovadas
A Polícia Civil passou a considerar a possibilidade de legítima defesa no caso que envolve a médica Nádya Tamires, presa após matar o ex-marido, o médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, em Arapiraca. A nova linha de investigação surgiu após a suspeita apresentar documentos e relatar circunstâncias relacionadas a medidas protetivas e a uma denúncia de estupro de vulnerável envolvendo a filha do casal. As informações foram confirmadas nesta segunda-feira (17) pelo delegado Daniel Scaramello, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o delegado, Nádya relatou que Alan teria se aproximado da área onde ela mora, descumprindo uma medida de urgência concedida pela Justiça. A suposta violação teria motivado a discussão registrada momentos antes dos disparos. A médica possuía duas medidas protetivas contra o ex-marido e outra contra um primo dele. Scaramello disse ainda que a arma utilizada no crime estava “debaixo do chaleco” quando ela se aproximou do carro onde Alan estava.
O delegado também confirmou a existência de um processo por estupro de vulnerável, embora o mérito desse crime não seja analisado pela DHPP. Ele explicou que, caso tanto o crime sexual quanto a legítima defesa sejam comprovados, a prisão de Nádya poderá ser relaxada e o flagrante considerado ilegal. Além disso, uma eventual comprovação moral pode reduzir a pena entre um sexto e um terço.
Nádya foi presa no domingo (16), nas proximidades de Atalaia, após atirar contra Alan Carlos, que estava dentro de um carro estacionado em frente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Arapiraca. Depois do depoimento, ela foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.
A Polícia Civil informou ainda que uma testemunha que estava no local será intimada para detalhar o diálogo entre o ex-casal instantes antes do crime, o que poderá ajudar a esclarecer as circunstâncias da ação.
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