Geral
Equatorianos rejeitam bases militares estrangeiras e nova Constituinte em referendo
População do Equador vota majoritariamente contra propostas apoiadas pelo presidente Daniel Noboa, que defendia cooperação militar internacional e revisão constitucional
O "não" obteve mais de 60% dos votos no referendo realizado neste domingo (16) no Equador, rejeitando a possibilidade de retorno de bases militares estrangeiras ao país, de acordo com dados do Conselho Eleitoral.
Na mesma consulta, também foi rejeitada a proposta de convocação de uma nova assembleia constituinte. As derrotas representam um revés para o presidente Daniel Noboa, que apoiava ambas as medidas, argumentando que a cooperação internacional, incluindo a presença de bases militares, seria fundamental no combate ao crime organizado.
Noboa também defende que a atual Constituição, criada durante o governo do ex-presidente Rafael Correa, precisa ser revisada para refletir a nova realidade do país.
Desde 2009, o Equador não abriga bases militares dos Estados Unidos, após Rafael Correa decidir não renovar o acordo que permitia a Washington operar uma Base de Operações Avançada (FOL) na Base Aérea de Manta, programa vigente de 1999 a 2009.
Em março de 2025, o embaixador dos EUA no Equador, Art Brown, visitou o arquipélago de Galápagos e destacou a importância de acordos de cooperação em segurança. Alguns meses antes, o Conselho de Governo das Galápagos autorizou, pela primeira vez, a entrada de navios de guerra norte-americanos nas ilhas, sob a justificativa de combate ao narcotráfico.
Políticos da oposição pediram que as autoridades respeitem os resultados da votação de 16 de novembro.
"A primeira coisa que esperamos é que haja um respeito irrestrito pela vontade popular. No Equador, estávamos acostumados [...] a ter total transparência. Lamentavelmente, as últimas eleições nos deixaram um legado de desconfiança, no qual devemos estar atentos para ver o que acontece com os resultados", afirmou Héctor Rodríguez, deputado da Revolução Cidadã por Pichincha, em entrevista à Sputnik.
O parlamentar acrescentou que, apesar de tudo, confia que a vontade da população será respeitada pelo governo local.
"Que [os resultados] sejam absolutamente transparentes com o que as medições indicaram", ressaltou.
Por Sputnik Brasil
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