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Renan Filho afirma que governo Lula enfrenta desafio fiscal com responsabilidade, apesar das críticas do mercado

Ministro dos Transportes defende equilíbrio fiscal e destaca avanços em reformas estruturantes durante participação no Canal Livre

16/11/2025
Renan Filho afirma que governo Lula enfrenta desafio fiscal com responsabilidade, apesar das críticas do mercado
Renan Filho - Foto: Reprodução

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou neste domingo (16) que, em uma escala de austeridade fiscal dentro do governo, sua posição se alinha à do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Eu tenho uma visão mais próxima, se formos colocar o governo numa régua, do pensamento do ministro Fernando Haddad”, declarou durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

Segundo Renan Filho, o governo do presidente Lula tem enfrentado o desafio fiscal com altivez, mesmo que não atenda plenamente às expectativas do mercado financeiro. “Obviamente não da maneira que o mercado de capitais gostaria, que não é tão simples”, avaliou.

Após criticar medidas adotadas na gestão Bolsonaro, o ministro destacou que a atual administração realizou reformas estruturantes relevantes, como a implementação de um novo marco fiscal. “Pode ser melhorado, certamente pode, mas fez uma reforma tributária, fez uma reforma do imposto de renda agora muito relevante. Essas reformas foram muito importantes, mas do ponto de vista fiscal, eu defendo o equilíbrio fiscal”, enfatizou.

Sustentabilidade em pauta

Sobre sustentabilidade, Renan Filho afirmou que o Brasil é referência mundial no uso de biocombustíveis e defendeu a transição para a mobilidade elétrica, sem abrir mão dos avanços conquistados com o etanol. “A gente tem uma matriz energética limpa, a gente tem os biocombustíveis, a gente também está fazendo uma transição para o elétrico, não tão rápida quanto os ricos, porque o povo deles pode comprar carro elétrico mais do que o nosso. Só por esse motivo”, explicou.

Em relação à exploração de petróleo na Margem Equatorial, o ministro se mostrou favorável à realização de estudos na região. “Se tiver pouco petróleo, deixa lá. Agora, se tiver muito petróleo, pode um país como o Brasil abrir mão de uma riqueza dessa natureza?”, questionou.