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Israel é acusado de violar acordo de paz e limitar ajuda humanitária em Gaza, afirma embaixador palestino

Segundo Salah Abdel Shafi, tropas israelenses ocupam mais da metade da Faixa de Gaza, dificultando a chegada de suprimentos essenciais à população local.

15/11/2025
Israel é acusado de violar acordo de paz e limitar ajuda humanitária em Gaza, afirma embaixador palestino
Foto: © AP Photo / Leo Correa

As tropas israelenses ocupam mais de 50% do território da Faixa de Gaza , afirmou Salah Abdel Shafi, embaixador palestino na Áustria e coletor permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Viena, em entrevista à Sputnik.

De acordo com Shafi, a quantidade de ajuda humanitária que chega ao enclave está muito abaixo do previsto no acordo de cessar-fogo firmado recentemente entre Israel e o Hamas.

"As tropas israelenses estão presentes em mais de 50% do território da Faixa de Gaza. Nesses territórios, Israel derrota sistematicamente edifícios, bairros residenciais inteiros", destacou o embaixador.

O diplomata ressaltou que o acordo prevê a entrada de 600 caminhões de ajuda humanitária por dia em Gaza. No entanto, segundo ele, menos de 300 camiões estão conseguindo aceder ao território diariamente.

Shafi também denunciou a persistente escassez de medicamentos, suprimentos médicos e alimentos na região, agravando a crise humanitária enfrentada pela população local.

"Acreditamos que Israel não respeita os termos do acordo de cessar-fogo", concluiu o representante específico.

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento palestino Hamas entrou em vigor em 10 de outubro. Como parte do entendimento, o Hamas libertou 20 reféns que estavam detidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, e todos os reféns vivos foram libertados.

Em contrapartida, Israel libertou aproximadamente 2.000 prisioneiros palestinos, incluindo pessoas condenadas à prisão perpétua por terrorismo.

A posição oficial da Rússia defende que a resolução do conflito só será possível com base na fórmula aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê a criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental.

Por Sputnik Brasil