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China condena primeira venda de armas dos EUA a Taiwan sob governo Trump

Pequim protesta contra acordo de US$ 330 milhões e acusa Washington de violar sua soberania ao fortalecer laços militares com Taipé.

15/11/2025
China condena primeira venda de armas dos EUA a Taiwan sob governo Trump
Foto: © AP Photo

O Pentágono anunciou a aprovação da primeira venda de armas para Taiwan desde o início do governo Donald Trump, em janeiro deste ano. A China, que considera a ilha parte de seu território, classificou a decisão como uma violação de sua soberania.

O acordo prevê que Taipé invista US$ 330 milhões na aquisição de peças de reposição para aeronaves americanas em operação, segundo comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira (13).

A iniciativa, de acordo com o órgão, ajudará Taiwan a "manter a prontidão operacional da [...] frota de F-16, C-130" e de outras aeronaves.

Karen Kuo, porta-voz do gabinete de administração de Taiwan, comemorou a aprovação e destacou que "o aprofundamento da parceria de segurança entre Taiwan e os EUA é uma pedra angular importante para a paz e estabilidade na região do Indo-Pacífico", conforme informou a agência Reuters.

Já Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou em coletiva que Pequim "lamenta e se opõe" à venda de armas, alegando que a medida contraria os interesses de segurança chineses e "envia um sinal gravemente errado para as forças separatistas".

Pequim considera Taiwan parte inalienável da China e exige a adesão ao princípio de Uma Só China como condição para relações diplomáticas com outros países. Apesar de reconhecer oficialmente esse princípio, os Estados Unidos mantêm contatos próximos com Taipé e fornecem armamentos à ilha.

Por Sputnik Brasil