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Ativista denuncia racismo e transfobia em secretaria da gestão municipal de Palmeira dos Índios
Aylla Gabriele Ferreira, representante de movimentos sociais, afirma ter sido vítima de negligência, discriminação e humilhação após contratação para gabinete da vice-prefeita.
A ativista Aylla Gabriele Ferreira da Silva, representante do movimento LGBTQIA+, de Pessoas com Deficiência Intelectual (PDI) e da população negra, tornou pública uma nota de repúdio contra a gestão municipal, denunciando negligência, racismo institucional, transfobia e intolerância religiosa.
Contratação e omissão administrativa
Segundo Aylla, ela foi contratada no dia 25 de setembro para atuar no gabinete da vice-prefeita, tendo entregue toda a documentação exigida e seguido os trâmites formais. No entanto, ao se apresentar ao setor de Recursos Humanos (RH), foi informada de que seus documentos não constavam nos registros do município, e que nenhum contrato havia sido encaminhado.
De acordo com relatos de funcionários, a documentação teria permanecido sob a responsabilidade da secretária de Gestão Pública e Patrimônio, Cinara Maria da Silva Barbosa. Questionada sobre a situação, a secretária teria afirmado que o caso “passou despercebido”, justificativa que, segundo Aylla, ignora o impacto profissional e emocional causado pela omissão.
Discriminação e invisibilização
Aylla relata que, após um novo contato com o RH, foi orientada a retornar ao setor, mas, ao comparecer novamente, não foi recebida presencialmente por nenhum responsável. Em vez disso, recebeu uma ligação de um funcionário da cozinha, informando que “tudo estaria resolvido”.
A ativista afirmou ter sido “ignorada, invisibilizada e impedida de falar”, enquanto pessoas brancas foram atendidas normalmente no mesmo local. Para ela, o episódio representa racismo institucional e transfobia, práticas que considera recorrentes e naturalizadas dentro da administração pública.
Cobrança de providências
Em sua nota, Aylla destacou que não é a primeira pessoa a sofrer situações de desrespeito e discriminação no município, e classificou o caso como inadmissível, especialmente por envolver uma servidora pública designada para a gestão.
Ela cobra um posicionamento oficial da prefeita Luísa Júlia Duarte e do secretário de Governo, Júlio César da Silva, exigindo reparação, responsabilização e justiça.
“Não permitirei que este episódio passe despercebido, assim como não aceitarei que o racismo, a transfobia e a intolerância religiosa continuem sendo práticas acobertadas dentro da administração pública”, afirmou Aylla na nota.
A representante encerrou o texto com um apelo direto:
“Reparação já. Respeito já. Equidade já.”
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