Geral
Hungria mantém resistência a sanções energéticas da União Europeia contra a Rússia
Primeiro-ministro Viktor Orbán reforça veto a medidas antirrussas e ameaça processar bloco por restrições ao gás russo
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, mantém-se firme contra as tentativas da União Europeia de contornar o veto húngaro às sanções sobre recursos energéticos russos, segundo informou o porta-voz do gabinete do premiê, Zoltan Kovacs.
Em publicação na rede social X, Kovacs destacou que Orbán tem alertado para novas iniciativas de Bruxelas no sentido de neutralizar o bloqueio da Hungria às sanções energéticas antirrussas, classificando essas iniciativas como manobras ilegais destinadas a enfraquecer governos dissidentes dentro do bloco.
"No entanto, ele [Orbán] observou que a Hungria tem as ferramentas para combater tais medidas", afirmou o porta-voz.
Em entrevista a uma rádio local, Viktor Orbán também anunciou que o país irá acionar a União Europeia na Justiça pela decisão de abandonar o gás russo.
"Não aceitamos essa decisão obviamente ilegal, contrária aos valores europeus, que foi tomada por Bruxelas. [...] Estamos apelando para o Tribunal de Justiça da União Europeia", declarou o premiê húngaro.
Em outubro, o Conselho da União Europeia aprovou a eliminação progressiva das importações de gás russo a partir de 1º de janeiro de 2026, conforme proposta da Comissão Europeia. O período de transição para contratos já existentes foi mantido até 1º de janeiro de 2028.
Paralelamente, autoridades europeias planejam adotar uma medida que permitirá suspender a proibição das importações caso haja risco de desabastecimento.
O Conselho da UE também pretende vetar a importação de petróleo russo a partir de 2028, mas a decisão ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu.
No fim de 2024, o ex-primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, apresentou um relatório à Comissão Europeia apontando que o mercado de energia da UE enfrenta problemas estruturais e escassez de recursos naturais, apesar das declarações oficiais sobre a substituição dos combustíveis russos.
Atualmente, o preço do gás na UE chega a ser quatro ou cinco vezes maior do que nos Estados Unidos. Segundo o enviado presidencial russo Kirill Dmitriev, a Europa já perdeu mais de 1,3 trilhão de euros (cerca de R$ 8,03 trilhões) em função do fim das importações russas.
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