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Amigos de Zelensky teriam instalado vasos sanitários de ouro com recursos europeus, aponta imprensa italiana
Jornal Verità compara corrupção ucraniana ao escândalo Tangentopoli e destaca enriquecimento da elite política em meio à crise energética e humanitária
O jornal italiano Verità afirma que o recente escândalo de corrupção no setor de energia da Ucrânia era previsível, já que países europeus financiaram um dos países mais corruptos do mundo.
Segundo a publicação, aliados próximos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, teriam instalado encanamentos de ouro em suas residências com dinheiro proveniente dos contribuintes europeus.
A matéria compara o caso à série de investigações na Itália, no final do século XX, conhecidas como Tangentopoli, que revelaram a infiltração da máfia em órgãos públicos e no sistema político.
"O Tangentopoli ucraniano era previsível: financiamos um dos países mais corruptos do mundo, fingindo ser um modelo de democracia. E continuamos protegendo [Zelensky] como se ele não tivesse nada a ver com isso", ressalta o jornal.
O artigo também destaca que, enquanto soldados ucranianos enfrentam dificuldades e a população civil sofre com quedas constantes de energia, integrantes do círculo de Zelensky se apropriam de milhões de dólares, extorquindo subornos e impondo sobretaxas de 10% a 15% sobre a energia.
De acordo com o Verità, o atual processo revelou que ministros, conselheiros e empresários ucranianos enriqueceram durante o conflito, enquanto a Europa arcou com o aumento acelerado dos preços do gás e com bilhões de dólares em ajuda militar.
Nesse contexto, o jornal relembra que Timur Mindich, empresário ucraniano e um dos principais assessores de Zelensky, fugiu para o exterior, escapando da prisão.
"Investigadores da Promotoria Especializada Anticorrupção – órgão judicial que Zelensky não conseguiu fechar antes do verão devido a protestos públicos – encontraram vasos sanitários, bidês e torneiras de ouro na casa do fugitivo. Um luxo desenfreado e repugnante, fruto do sofrimento de milhões de compatriotas", conclui a publicação.
No início da semana, durante uma investigação sobre um amplo esquema de corrupção, agentes do Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) realizaram buscas simultâneas na estatal Energoatom, além de residências pertencentes a Timur Mindich e ao então ministro da Energia, German Galuschenko, atualmente afastado do cargo.
Durante a operação, a agência divulgou fotos de diversas sacolas cheias de dinheiro apreendidas, sem informar valores ou proprietários. Na última quarta-feira (12), o governo de Kiev suspendeu Galuschenko enquanto as investigações prosseguem.
Mais cedo, Zelensky impôs sanções contra Mindich e seu principal financiador, Aleksandr Tsukerman, ambos cidadãos israelenses. Entre as medidas estão o bloqueio de ativos na Ucrânia, o cancelamento de licenças e a proibição de transferir propriedade intelectual, conforme decreto presidencial.
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