O número de trabalhadores que procuravam emprego há dois anos ou mais caiu 17,8% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, o contingente de pessoas em busca de ocupação há mais de um mês e menos de um ano atingiu o menor patamar já registrado desde 2012.

Essa queda no desemprego também se estende aos brasileiros que buscam trabalho há um período entre um e menos de dois anos.

Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento revela ainda que o número de pessoas procurando emprego há menos de um mês recuou 14,2% em comparação ao terceiro trimestre de 2024.

Com isso, todas as faixas de tempo de procura apresentaram redução no número de desocupados. O resultado ocorre em um contexto em que o país atingiu a taxa de desocupação de 5,6%, a menor já registrada pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, conforme anunciado no fim de outubro.

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A pesquisa

A Pnad Contínua investiga o comportamento do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário ou por conta própria. Pelos critérios do IBGE, só é considerada desocupada a pessoa que procurou uma vaga nos 30 dias anteriores à pesquisa. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

O levantamento detalha o contingente de desocupados em quatro faixas de tempo de procura:

• Menos de um mês: 1,1 milhão de pessoas, queda de 14,2% em relação ao ano anterior. É o menor contingente desde o terceiro trimestre de 2015.
• De um mês a menos de um ano: 3 milhões de desocupados, redução de 12,2% e o menor contingente já registrado.
• De um a menos de dois anos: 666 mil pessoas, queda de 11,1% e menor número já registrado.
• Dois anos ou mais: 1,2 milhão de pessoas, redução de 17,8% e menor contingente desde 2014.

No terceiro trimestre de 2025, metade dos desocupados (50,8%) estava na faixa de um mês a menos de um ano de procura por emprego. No extremo oposto, 19,5% dos desocupados buscavam trabalho há dois anos ou mais, a menor proporção desde 2015.