Geral
Dólar avança com cenário externo incerto e preocupações sobre EUA e China
Moeda americana se valoriza diante de sinais de desaceleração na China, incertezas nos EUA e tensões no Reino Unido; mercado também acompanha negociações comerciais e resultados corporativos
O dólar opera em alta no mercado à vista, acompanhando a valorização global da moeda americana e a elevação dos rendimentos dos Treasuries, em um ambiente externo marcado pela cautela.
O movimento reflete sinais de desaceleração mais acentuada na economia chinesa, incertezas sobre a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos após o término da paralisação do governo Trump, além do receio de uma valorização excessiva das ações ligadas à Inteligência Artificial.
Preocupações adicionais recaem sobre o desempenho da economia chinesa e o cenário fiscal do Reino Unido, que pressiona a libra esterlina e impulsiona os juros dos títulos públicos britânicos (Gilts).
Com uma agenda fraca de indicadores, as atenções dos investidores se voltam para declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e para a reunião trimestral de diretores do Banco Central com o mercado.
O mercado também acompanha as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas comerciais. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, prometeu apresentar uma resposta à proposta brasileira entre hoje e a próxima semana.
No cenário doméstico, a taxa de desemprego recuou em 16 Unidades da Federação na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Por outro lado, houve aumento em oito UFs e estabilidade em outras três.
O IGP-10 subiu 0,18% em novembro, após avanço de 0,08% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou praticamente em linha com a projeção do mercado, de 0,17%. No acumulado do ano, o índice registra queda de 0,80% e, em 12 meses, alta de 0,34%.
No setor corporativo, a mineradora BHP foi condenada pela Alta Corte inglesa pelo desastre de Mariana, ocorrido em 2015, quando uma barragem da Samarco — joint venture entre BHP e Vale — se rompeu. A BHP já anunciou que irá recorrer da decisão.
O Banrisul registrou lucro de R$ 365,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, resultado muito superior aos R$ 24,3 milhões do mesmo período do ano anterior. No acumulado até setembro, o lucro somou R$ 948 milhões, alta de 50% em relação a 2024.
Já a Azul encerrou o terceiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 644,2 milhões, revertendo o lucro registrado um ano antes. O prejuízo ajustado saltou para R$ 1,56 bilhão, um aumento de 1.141,9%. Apesar disso, o lucro operacional avançou 23,7%, atingindo R$ 1,2 bilhão. A companhia aérea informou ainda que o conselho de administração aprovou a conclusão do acordo de Equity Investment Agreement com a American Airlines e o Grupo United Airlines.
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