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Quem é o ministro do Meio Ambiente demitido durante a COP-30
Dion George, representante da África do Sul, foi desligado do cargo em meio à COP-30, em Belém, por decisão do presidente Cyril Ramaphosa. Substituição ocorreu a pedido do partido Aliança Democrática.
Dion George, ministro das Florestas, da Pesca e do Meio Ambiente da África do Sul, foi demitido pelo presidente Cyril Ramaphosa enquanto participava da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), em Belém. O presidente sul-africano não detalhou os motivos da decisão repentina, apenas comunicou que George seria substituído por Willem Aucamp, porta-voz do partido Aliança Democrática.
Segundo a imprensa sul-africana, a demissão atendeu a um pedido do Aliança Democrática, partido que atualmente ocupa 12 ministérios no governo de Ramaphosa.
Dion George assumiu o comando da pasta em julho do ano passado. Em outubro, presidiu o encontro de ministros de Meio Ambiente e Sustentabilidade Climática do G-20, que resultou nas Declarações Ministeriais de Cidade do Cabo, documento que aborda crimes ambientais e poluição do ar.
Entre os principais desafios ambientais da África do Sul está a transição para fontes de energia renovável, como solar, eólica e hidrogênio verde. O país tem priorizado a descarbonização das indústrias de aço e alumínio por meio de combustíveis sustentáveis.
Durante a COP-30, em Belém, George co-presidia os debates sobre adaptação às mudanças climáticas — um dos temas com maior avanço nos primeiros dias da conferência. No último dia 7, ele discursou na Cúpula de Líderes: "As expectativas da África do Sul para a COP-30 são claras. O Objetivo Global de Adaptação deve gerar indicadores mensuráveis e o financiamento necessário para alcançá-los", afirmou, em referência ao compromisso do Acordo de Paris para fortalecer a resiliência global diante das mudanças climáticas.
Como noticiado pelo Estadão, a adaptação — políticas para mitigar os impactos das catástrofes e outros danos causados pelo aquecimento global — é um dos principais pontos de impasse na COP-30.
Nas salas de negociação, os países discutem parâmetros para medir a adaptação à crise climática, compondo a Meta Global de Adaptação (GGA, na sigla em inglês). As reuniões têm sido marcadas por divergências sobre indicadores e prazos para definição da meta global ainda nesta conferência. O debate coloca em destaque países árabes, africanos e latino-americanos, em meio ao já conhecido embate sobre financiamento entre nações ricas e em desenvolvimento.
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