O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, de 2,3% para 2,2%. A estimativa para 2024 foi mantida em 2,4%, conforme o Boletim Macrofiscal de novembro, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Secretaria de Política Econômica (SPE).

Mesmo com a revisão, as projeções da SPE seguem acima das medianas do último relatório Focus, que apontam crescimento de 2,16% para o PIB em 2025 e de 1,78% para 2026.

"A revisão para 2025 está relacionada à perspectiva de expansão um pouco menor do que a inicialmente esperada para o PIB do terceiro trimestre, o que também impacta as projeções para o trimestre seguinte", explicou a SPE. A secretaria reduziu a previsão de crescimento do PIB no terceiro trimestre de 0,4% para 0,3%.

Segundo o órgão, os dados do terceiro trimestre indicam contração nas concessões reais de crédito e redução da população ocupada em relação ao trimestre anterior, embora a taxa de desemprego permaneça em níveis mínimos.

Para 2025, as estimativas de crescimento do PIB da indústria foram ajustadas de 1,4% para 1,3%, devido ao cenário hídrico e ao desempenho da indústria de transformação. No setor de serviços, a projeção caiu de 2,1% para 1,9%, em razão da desaceleração do crédito e do mercado de trabalho. Por outro lado, a expectativa para o PIB da agropecuária subiu de 8,3% para 9,5%, impulsionada por novas estimativas de safra e abates.

Em relação a 2026, a SPE manteve a estimativa de crescimento, baseada na expectativa de uma política monetária menos contracionista. Com isso, o mercado de crédito tende a se tornar menos restritivo, apoiado também por políticas de crédito habitacional e ao trabalhador.

Para 2024, as projeções incluem alta de 0,8% no PIB da agropecuária, influenciada pela redução no abate de fêmeas bovinas. Os serviços devem crescer 2,2%, sustentados pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Já a indústria deve registrar avanço de 1,8%, com destaque para a indústria extrativa e a construção civil.

De acordo com a SPE, a partir de 2027, o ritmo de crescimento do PIB brasileiro deve se aproximar de 2,6% ao ano.