Geral
Bolsa volta a bater recorde, apesar de pressões do exterior
Ibovespa fecha em alta pelo nono pregão seguido; dólar recua com perspectiva de juros altos no Brasil
Em mais um dia positivo para o mercado financeiro, a bolsa de valores brasileira voltou a bater recorde, mesmo diante das pressões do cenário internacional. O dólar também recuou, refletindo a perspectiva de que os juros no Brasil permanecerão elevados nos próximos meses.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira (6) aos 153.338 pontos, com leve alta de 0,03%. O indicador chegou a avançar 0,69% pouco antes das 11h, mas inverteu o movimento durante a tarde, retomando o terreno positivo nos minutos finais de negociação.
Esse foi o nono recorde consecutivo da bolsa brasileira e a 12ª alta seguida. Uma sequência de 12 altas não era registrada desde o período entre 15 de maio e 2 de junho de 1997, há 28 anos.
O mercado de câmbio também registrou alívio. O dólar comercial fechou vendido a R$ 5,348, com queda de R$ 0,013 (-0,24%). A moeda norte-americana chegou a recuar para R$ 5,33 antes das 11h, atingiu R$ 5,36 pouco antes das 14h30, mas perdeu força no fim do dia.
Apesar das tensões internacionais, que pressionaram o mercado financeiro brasileiro, o desempenho do dólar e da bolsa não foi revertido. A queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) durante a quinta-feira provocou uma breve baixa na bolsa, mas o Ibovespa reagiu, impulsionado pela divulgação de balanços trimestrais de empresas.
Quanto ao dólar, a cotação foi influenciada principalmente pelo tom do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, o Banco Central (BC) destacou que manterá os juros básicos da economia em 15% ao ano por um período prolongado. A decisão favoreceu a entrada de capitais internacionais, que buscam aproveitar a diferença de juros entre Brasil e Estados Unidos.
Notícias relacionadas:
- Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom.
- Manutenção da Selic em 15% ao ano preocupa setor produtivo.
- BC mantém juros básicos em 15% ao ano pela terceira vez seguida.
*Com informações da Reuters
Mais lidas
-
1CIÊNCIA E ESPAÇO
Erupções solares intensas agitam o Sol e podem impactar a Terra
-
2DEFESA E TECNOLOGIA
Caça russo Su-35S é apontado como o mais eficiente do mundo, afirma Rostec
-
3INSPIRAÇÃO NA VIDA REAL
Ator de 'Tremembé' revela inspiração para personagem Gal
-
4ABUSO DE AUTORIDADE E AMEAÇA
Escândalo em Alagoas: Secretário Julio Cezar ameaça usar o poder do Estado contra subtenente do Exército
-
5MUDANÇA INTERNA
Nubank enfrenta protestos e demissões após anúncio de regime híbrido