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Brasil bate recorde de exportação e importação em 2025; vendas aos EUA despencam 38%
Saldo comercial positivo é impulsionado pela diversificação de mercados, apesar da queda acentuada nas exportações para os Estados Unidos após tarifaço.
O Brasil atingiu novos recordes em exportações e importações em 2025, mesmo diante da forte queda nas vendas para os Estados Unidos.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), as exportações brasileiras somaram US$ 31,97 bilhões (R$ 171 bilhões) em outubro, enquanto as importações chegaram a US$ 25,01 bilhões (R$ 133 bilhões). O saldo comercial foi positivo, em US$ 6,96 bilhões, e a corrente de comércio atingiu US$ 56,98 bilhões (R$ 305 bilhões).
No acumulado do ano, o país também estabeleceu novos patamares: as exportações totalizaram US$ 289,73 bilhões (R$ 1,54 trilhão), alta de 1,9% em relação ao mesmo período de 2024. As importações somaram US$ 237,33 bilhões, resultando em superávit de US$ 52,395 bilhões (R$ 1,26 trilhão), um crescimento de 7,1% na comparação anual.
A corrente de comércio alcançou US$ 527,067 bilhões (R$ 2,82 trilhões), representando aumento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do avanço geral, as exportações brasileiras para os Estados Unidos despencaram 37,9% em outubro, registrando a maior queda desde a implementação do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, imposto pelo então presidente Donald Trump. No mesmo mês, as exportações totais do Brasil cresceram 9,1% em relação a outubro de 2024, enquanto as importações caíram 0,8%, marcando a terceira retração consecutiva nesse indicador. A corrente de comércio mensal teve alta de 4,5%.
De acordo com o Ministério, o crescimento das exportações é resultado da diversificação de parcerias comerciais e de produtos.
Nesta quarta-feira (5), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou um novo encontro com o secretário estadunidense Marco Rubio, previsto para a próxima semana no Canadá, durante reunião ministerial do G7. O objetivo é discutir as tarifas impostas pelos EUA. Segundo Vieira, equipes técnicas dos dois países têm mantido reuniões virtuais, e o diálogo deve avançar no encontro presencial.
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