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James Ribeiro critica demarcação em Palmeira dos Índios e diz que processo é “injusto e ideológico”
O ex-prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro (REP), publicou nesta semana um texto em suas redes sociais criticando duramente o processo de demarcação das terras indígenas Xukuru-Kariri no município. Segundo ele, a medida representa uma “grande injustiça” e está sendo conduzida com “irregularidades desde o início”.
“Apenas um lado foi ouvido, apenas uma narrativa tem sido contada. Essa versão ignora documentos, desconsidera registros de propriedades centenários, laudos antropológicos e apaga parte da nossa história”, escreveu o ex-prefeito.
Ribeiro afirma que famílias de pequenos produtores estão sendo tratadas como invasoras e que a decisão “desrespeita o direito de propriedade, um dos pilares da Constituição”. Ele defende que não há conflitos nem disputas de terra em Palmeira dos Índios e que os indígenas “já estão aldeados e integrados à sociedade”.
“O que existe são famílias trabalhadoras que tiram da terra o sustento de suas vidas, mas mesmo assim querem transformar uma área produtiva, pacífica e próspera em palco de desunião”, acrescentou.
“Impacto devastador”, alerta ex-prefeito
Para James Ribeiro, caso a demarcação seja concretizada, o impacto econômico sobre a cidade será grave. Segundo ele, a área delimitada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) seria “maior do que as áreas urbanas de Arapiraca e Campina Grande” e engloba terras altamente produtivas.
“Se ela parar de produzir, o palmeirense vai sentir no bolso e na mesa. O preço dos alimentos vai subir, o comércio vai sofrer e o desemprego vai ser avassalador”, alertou.
Ele argumenta ainda que o processo “inverte a lógica da política fundiária”, pois retiraria terras de pequenos agricultores para “entregar a quem já tem muita terra improdutiva”.
“Hora de união e diálogo”
O ex-prefeito fez um apelo à prefeita Luísa Duarte e às lideranças políticas locais para que “se unam aos produtores e defendam a cidade”. Segundo ele, o tema deve ultrapassar as disputas partidárias e ser tratado como uma pauta de interesse coletivo.
“Isso afeta a vida de todos, mesmo daqueles que acham que não têm nada a ver com o assunto. Ou a cidade fica unida, ou vai afundar, e o prejuízo será de todos, inclusive dos próprios indígenas”, afirmou.
James concluiu pedindo que prevaleçam o diálogo e a razão:
“Palmeira sempre foi uma cidade de trabalho, união e respeito. Que prevaleça a justiça e o amor por Palmeira dos Índios.”
A publicação reacende o debate sobre a demarcação do território Xukuru-Kariri, que atualmente passa por nova etapa de levantamento fundiário conduzida pela FUNAI, com acompanhamento do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União. O processo é considerado sensível por envolver propriedades privadas, áreas produtivas e comunidades indígenas reconhecidas oficialmente desde 1989.
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