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Tema da Bienal vira livro e será lançado durante o evento

Publicação é organizada pelos pesquisadores Gian Melo, Giselda Brito e Valéria Costa

30/10/2025
Tema da Bienal vira livro e será lançado durante o evento

Brasil e África ligados culturalmente nos seus Ritos e Raízes. Este é o título de um livro que entra em consonância com o tema da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas e que ganha forma e lançamento duplo na programação do maior evento cultural e literário do estado a partir de uma publicação organizada pelos pesquisadores Gian Melo, Giselda Brito e Valéria Costa. No total, são 14 artigos que transitam pelo tema da Bienal e pela confluência entre ambos os países. 

Segundo o professor Gian Melo, um dos organizadores da publicação, trazer este tema a tona é importante para que possamos cada vez mais entender as origens que temos em África e como o Brasil tem isso em suas raízes, buscando a valorização disso, sem esquecer. “Nosso Brasil só tem a cara que tem por conta da presença de africanos de outrora e da presença negra que a gente tem até hoje. Não só no fator cultural Mas também no fator religioso social nos hábitos que a gente às vezes esquece ou não sabe por falta de informação quais são essas influências e essa presença”, explicou o docente.

O lançamento, por sinal, será em dose dupla: o primeiro será logo no dia 31, depois da abertura do evento, no estande da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), das 19h às 21h e o outro, na semana seguinte, dia 7, no auditório 1 e 2 do Centro de Convenções: "No dia 7, a sexta-feira seguinte, as organizadoras que fizeram junto comigo, professoras Valéria Costa, e Giselda Silva, estarão presentes, e alguns dos autores também, inclusive o professor Yuri [Agostinho], que é de Angola, e está vindo especialmente para participar do evento”, explicou Gian.

Por dentro da obra

O livro passeia por um conjunto de recortes temáticos e cronológicos que vão das raízes negras da arte e a vida dos africanos escravizados em Alagoas às relações diplomáticas hoje e o comércio marítimo nos tempos da escravidão entre Brasil e Angola. “Os capítulos enveredam ainda pelo campo das histórias conectadas, explorando personagens e redes transatlânticas e as articulações paralelas reveladas pela adoção de perspectivas comparadas entre os dois lados do Atlântico”, diz um trecho do prefácio assinado por Fábio Figueiredo, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O pesquisador observou ainda como a cultura e as artes ocupam uma parte expressiva do volume. “É importante observar como a cultura e as artes ocupam uma parte expressiva do volume, refletindo, por um lado, a relevância da cultura na historiografia e na experiência africana e afro-brasileira, e, por outro, um padrão de valorização da interdisciplinaridade, perceptível nos currículos dos autores, que é uma marca registrada da História da África em diferentes partes do mundo”, completou Figueiredo em trecho de apresentação da obra.

Missão dada é missão cumprida

O professor Gian Melo agradeceu ao convite recebido pelo professor Eraldo Ferraz, curador da Bienal, para assinar a obra que também classificou como desafiadora:

“Queria também registrar um agradecimento à Edufal [Editora da Universidade Federal de Alagoas] pelo convite para organizar a obra, à Bienal por ter me dado essa missão, que foi um desafio, mas tudo ficou pronto. É uma contribuição que vai marcar muito os estudos sobre o Brasil, sobre as relações entre o Brasil e a África, sobre a própria história do passado até hoje porque os textos tentam fazer esse diálogo, não é só o Brasil, também não é só a África, tentando observar as duas margens do Atlântico”, celebrou Gian.

Construção coletiva

O historiador também aproveitou a oportunidade para agradecer aos demais autores que contribuíram com os artigos publicados no livro e convidou o público a conhecer a obra e se familiarizar ainda mais com a confluência Brasil-África.

“Eu também gostaria de agradecer aos autores que contribuíram. São vários. Os textos versam desde a música, desde a tradição sobre o candomblé, sobre a dança, além da história, tradição dos quilombos. E, espero, falando em nome dos demais organizadores, que o público goste do que vai ler e do que vai encontrar no livro”, concluiu Gian Melo.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontece de 31 de outubro a 9 de novembro, é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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