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Mídia: Israel propõe sistema Arrow para reforçar escudo antimíssil da Cúpula de Ouro dos EUA
A Israel Aerospace Industries quer integrar o sistema Arrow ao escudo antimísseis dos EUA. Segundo o CEO Boaz Levy, a tecnologia pode ser adaptada para interceptadores terrestres e espaciais, enfrentando desafios técnicos e éticos em defesa contra mísseis balísticos intercontinentais.
Executivos da Israel Aerospace Industries (IAI) acompanham com expectativa os desdobramentos do projeto norte-americano Cúpula de Ouro, um escudo antimíssil proposto pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o Defense News, Boaz Levy, CEO da IAI, há esperança de que a tecnologia de interceptação Arrow, desenvolvida pela empresa, seja considerada para duas camadas do sistema defensivo.
O Arrow-3, já em operação, poderia ser integrado ao projeto praticamente sem modificações. Em entrevista durante a conferência da Associação do Exército dos EUA, Levy afirmou que, com adaptações, o sistema também poderia ser usado em interceptadores espaciais, capazes de atacar mísseis balísticos durante sua fase inicial de ascensão.
Desenvolvido em parceria entre Israel e os Estados Unidos, o Arrow-3 já demonstrou eficácia ao interceptar mísseis inimigos, protegendo territórios do tamanho de Israel. Entretanto, recentemente, o sistema teve sua infalibilidade questionada quando o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra o Estado judeu no contexto da guerra em Gaza. Ocorre que o escopo da Cúpula de Ouro é muito mais ambicioso: um escudo nacional completo para os EUA, com custo estimado em US$ 175 bilhões (mais de R$ 938,4 bilhões) e prazo de três anos.
Críticos apontam que o projeto enfrenta obstáculos técnicos e financeiros significativos, especialmente na implantação de interceptores espaciais em número suficiente para garantir cobertura total. Segundo o The Washington Post, esse desafio pode comprometer a viabilidade do plano. Ainda de acordo com a apuração, Levy reconhece que essa etapa ainda não foi realizada e exigirá tempo e inovação.
A IAI está desenvolvendo atualizações para o Arrow-3 e futuras versões 4 e 5, com foco em maior inteligência na identificação de ameaças reais. Isso é essencial para lidar com cenários em que mísseis se fragmentam em milhares de objetos no espaço, dificultando a distinção entre ogivas e detritos.
Para enfrentar esse desafio, a empresa aposta em algoritmos avançados de reconhecimento de objetos e inteligência artificial (IA). Com o tempo, essas tecnologias devem aprimorar a capacidade de selecionar alvos legítimos para interceptação, evitando que partes não perigosas dos mísseis causem danos ao cair em áreas desabitadas.
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