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Saiba quem é Doca, principal alvo das polícias do Rio em megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão

Foram 81 presos e 93 fuzis apreendidos na ação das polícias Civil e Militar

Agência O Globo - 28/10/2025
Saiba quem é Doca, principal alvo das polícias do Rio em megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão
- Foto: Reprodução

O principal da megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (28), é Edgard Alves de Andrade, , de 55 anos, que está foragido da Justiça e é apontado pela Polícia Civil como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV), com atuação no Complexo Penha.

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De acordo com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), Doca — ou Urso, como também é conhecido — é o principal líder do CV no Complexo da Penha e em comunidades como Gardênia Azul e César Maia, na Zona Sudoeste, e Juramento, na Zona Norte, algumas delas recentemente tomadas da milícia.

Ele é investigado por mais de cem homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Em outubro de 2023, Doca foi apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras.

A Polícia Civil acredita que Doca tenha ordenado ações de traficantes na Gardênia e em Rio das Pedras. O traficante ficou conhecido também por ter como homem de confiança o BMW, que pode estar à frente da nova guerra entre traficantes e milicianos nessas duas comunidades e, segundo investigações, BMW é procurado pela polícia desde que três médicos foram executados em um quiosque na Barra da Tijuca, em outubro de 2023.

Doca já foi um dos alvos da operação Buzz Bomb, deflagrada em setembro do ano passado, pela Polícia Federal para reprimir o uso de drones lançadores de granadas, operados por pessoas ligadas ao CV. Contra ele há mais de 20 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), segundo dados do site do Conselho Nacional de Justiça.

Na época da Buzz Bomb, Doca teve prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ. Ele foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, cujas penas somadas podem chegar até 14 anos de prisão, em caso de condenação.

Disque Denúncia

O Disque Denúncia divulgou, nesta terça-feira , um pela captura de Doca, conhecido como Doca ou Urso, de 55 anos. O traficante é apontado pela Polícia Civil como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV). A oferta é feita em meio a uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, onde Doca é alvo.

O valor oferecido pelo traficante se iguala a recompensa oferecida em troca do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que, mesmo preso há 20 anos, segue sendo o atual chefe do CV.

Na manhã desta terça-feira, uma megaoperação das polícias Civil e Militar mobilizou 2,5 mil agentes para cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, incluindo 30 alvos de outros estados. A ação resultou em 81 prisões e na apreensão de 42 fuzis.

Durante as buscas, os policiais encontraram, em uma das comunidades, um grafite que chamava atenção: a imagem de um urso gigante vestindo colete à prova de balas e empunhando um fuzil. O desenho faz referência à “Tropa do Urso”, grupo ligado a Edgard Alves de Andrade, o Doca da Penha, chefe do tráfico na região.

O Disque Denúncia solicita que quem tiver informações sobre o paradeiro de foragidos da Justiça ou pontos de tráfico entre em contato pelos canais de atendimento:

Central de Atendimento / Call Center: (021) 2253-1177 ou 0300-253-1177

WhatsApp Anonimizado: (021) 2253-1177 — tecnologia que remove dados que possam identificar o denunciante

Aplicativo: Disque Denúncia RJ

O anonimato é garantido.

Megaoperação

Uma , na Zona Norte do Rio, deixou quatro policiais mortos além de oito agentes feridos, na manhã desta terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, 60 suspeitos foram mortos, dois deles da Bahia. Quatro moradores também foram atingidos. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), 30 deles de fora do Rio, escondidos nos dois conjuntos de favelas, identificados pela investigação como bases do projeto de expansão territorial do CV. Até o fim da manhã, 81 pessoas foram presas e 93 fuzis foram apreendidos na ação, que mobiliza 2,5 mil policiais e também promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).