Geral
133 anos de Graciliano Ramos, o alagoano que escreveu a alma do Brasil
Autor de “Vidas Secas” e “São Bernardo”, o ex-prefeito de Palmeira dos índios permanece reafirmando seu legado literário e humano
Nesta segunda-feira (27), data em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, celebra 80 anos de vida, o Brasil também reverencia o nascimento de um de seus maiores escritores: Graciliano Ramos, que há 133 anos, em 1892, nascia em Palmeira dos Índios, Alagoas, para se tornar um dos pilares da literatura nacional.
Mais do que um romancista, Graciliano foi um observador profundo da alma humana e um crítico severo das desigualdades sociais que marcavam (e ainda marcam) o Nordeste. Autor de obras fundamentais como Vidas Secas, Angústia, São Bernardo, Caetés e Memórias do Cárcere, Graciliano retratou com realismo cru a miséria, o sertão, e a luta do homem simples contra as injustiças de seu tempo.
O PREFEITO QUE ESCREVIA COMO UM CLÁSSICO
Antes de ganhar o mundo como escritor, Graciliano Ramos foi prefeito de Palmeira dos Índios entre 1928 e 1930. Seu relatório administrativo, documento técnico enviado ao governador de Alagoas, acabou se tornando um marco literário, pela clareza, ironia e estilo incomum em textos oficiais. Aqueles relatórios o projetaram para o cenário nacional e despertaram o interesse das editoras, abrindo caminho para sua carreira literária.
OBRA E LEGADO
Em Vidas Secas, sua obra mais conhecida, Graciliano deu voz à família de retirantes nordestinos e ao próprio sertão, transformando o sofrimento em arte. São Bernardo e Angústia mergulham nas contradições da alma e da sociedade; Memórias do Cárcere, escrita após sua prisão durante o Estado Novo, é um testemunho histórico da repressão política e da resistência intelectual.
Traduzido para dezenas de idiomas, Graciliano é lido, estudado e reverenciado em todo o mundo. Sua escrita direta, densa e precisa continua influenciando gerações de escritores, jornalistas e pensadores.
HOMENAGENS E RECONHECIMENTO
Em Palmeira dos Índios, a cidade onde o escritor foi prefeito e escreveu seus primeiros romances, a data passa em branco, infelizmente.
> “O mundo não é bom nem mau. É apenas complicado.”
— Graciliano Ramos
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