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Protesto de comerciantes não impede obras da "Águas do Negão" no centro de Palmeira dos Índios

Redação/Tribuna do Sertão 23/10/2025
Protesto de comerciantes não impede obras da 'Águas do Negão' no centro de Palmeira dos Índios

De nada adiantou o protesto realizado por comerciantes na manhã desta quinta-feira (23), na rua Antônio Matias, área central de Palmeira dos Índios. Mesmo diante da mobilização, com carros de som, faixas e tentativas de bloqueio do tráfego, as obras da Conasa Águas do Sertão — empresa responsável pelos serviços de saneamento — foram mantidas e avançaram sob escolta policial.

A rua Antônio Matias é considerada o coração do comércio local, reunindo lojas, escritórios e grande circulação de consumidores. A decisão de iniciar os serviços de escavação em pleno horário comercial causou revolta entre os lojistas, que reclamam da falta de planejamento e diálogo por parte da concessionária e do poder público municipal.

Os comerciantes tentaram impedir o início das obras colocando veículos e barricadas simbólicas no trecho central, mas a Polícia Militar foi acionada para garantir o andamento do serviço. Após a chegada dos policiais, a equipe da Águas do Sertão, conhecida como a "Águas do Negão" retomou a execução, iniciando as escavações destinadas à instalação da rede de esgotamento sanitário.

“Não somos contra o progresso nem o saneamento, mas contra o descaso e o desrespeito. A empresa simplesmente chegou, interditou a rua e começou a cavar, ignorando que aqui é o centro comercial da cidade. Essa obra deveria ser feita no domingo”, desabafou um dos lojistas, pedindo para não ser identificado por medo de represálias.

A Conasa Águas do Sertão ainda não se manifestou oficialmente sobre o protesto, tampouco informou se haverá mudanças no cronograma das obras. A Prefeitura, por sua vez, não emitiu nota explicando por que autorizou o início da intervenção em um dos pontos mais movimentados da cidade justamente durante o expediente do comércio.

Enquanto isso, os comerciantes seguem apreensivos com o impacto das escavações sobre o fluxo de clientes, o acesso às lojas e a própria imagem do centro da cidade — que, mais uma vez, vive um conflito entre infraestrutura e atividade econômica.