Geral
Queda no uso das redes sociais reabre espaço para a mídia tradicional
TV, rádio, jornais, revistas e mídia externa voltam a ganhar força nas estratégias das marcas em meio à saturação digital

A desaceleração no uso das redes sociais no Brasil e no mundo começa a redesenhar o cenário da comunicação e da publicidade. O que parecia um domínio absoluto das plataformas digitais dá sinais de esgotamento, abrindo espaço para a retomada da mídia tradicional, segundo reportagem publicada pela DocPress RJ.
Relatórios recentes apontam que o tempo médio gasto pelos brasileiros nas redes sociais vem diminuindo progressivamente, especialmente entre os mais jovens. Essa mudança tem levado grandes marcas a redistribuírem seus investimentos, voltando a apostar em veículos tradicionais como televisão, rádio, jornais, revistas e mídia externa (OOH).
De acordo com o Financial Times, com base em dados da GWI, o tempo de uso das redes sociais atingiu seu pico em 2022 e já caiu cerca de 10% nos países desenvolvidos. O The New York Times também destacou que esse movimento global vem fazendo com que anunciantes retomem o interesse por meios com credibilidade editorial e profundidade de conteúdo, especialmente os impressos. Para muitos executivos do setor, jornais e revistas voltam a oferecer algo que as redes não entregam: confiança.
No Brasil, o fenômeno é perceptível. A chamada mídia tradicional vive um momento de retomada, com crescimento no faturamento em 2024, impulsionado pelo avanço dos formatos digitais integrados e por campanhas nacionais de maior alcance. O setor de mídia externa (OOH), por exemplo, tem sido um dos que mais cresce, com presença consolidada em capitais e médias cidades. A TV aberta também volta a concentrar grande parte das verbas publicitárias, enquanto jornais e revistas recuperam espaço como instrumentos de construção de marca e influência social.
Para especialistas, essa virada não representa o abandono do digital, mas a busca por um novo equilíbrio. As marcas começam a adotar estratégias híbridas, combinando o alcance e a velocidade das plataformas digitais com a credibilidade e a profundidade dos meios tradicionais.
Com 144 milhões de brasileiros ativos nas redes sociais, o país ainda é um dos maiores mercados digitais do mundo. No entanto, o crescimento desacelerado e a saturação de conteúdo indicam que o futuro da comunicação será multicanal e integrado — com o retorno das mídias que construíram a base do jornalismo e da publicidade moderna.
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