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Tesouro romano com 450 moedas é achado no norte da Alemanha e pode reescrever história local (FOTOS)

Sputinik Brasil 19/10/2025
Tesouro romano com 450 moedas é achado no norte da Alemanha e pode reescrever história local (FOTOS)
Foto: © Foto / Bartels, PI Hildesheim, ZKD/FK Forensik

Um tesouro romano com cerca de 450 moedas de prata, lingotes e ouro foi descoberto perto de Borsum, na Baixa Saxônia. Datado de 2.000 anos, o achado é um dos maiores do norte da Alemanha e pode revelar novas conexões entre romanos e povos germânicos.

Uma descoberta arqueológica de grande relevância foi feita perto de Borsum, na Baixa Saxônia: um tesouro romano composto por cerca de 450 moedas de prata, lingotes e pinos de metal, um anel de ouro e uma moeda de ouro. Considerado um dos maiores achados romanos no norte da Alemanha, o tesouro remonta ao início do período imperial romano, há aproximadamente 2.000 anos.

O achado foi realizado em 2017 com o auxílio de um detector de metais, mas a pessoa que o descobriu só comunicou o fato às autoridades recentemente, o que levou à abertura de uma investigação formal e à realização de estudos arqueológicos por órgãos especializados da região de Hildesheim.

Em abril de 2025, foi realizada uma inspeção oficial com a presença do descobridor, seguida por uma escavação arqueológica completa conduzida por instituições como o Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baixa Saxônia (NLD, na sigla em alemão) e a Arqueologia Municipal de Hildesheim. O objetivo era localizar o ponto exato da descoberta original e recuperar possíveis itens ainda enterrados.

Apesar da escavação inicial ter comprometido o contexto arqueológico, os especialistas conseguiram recuperar moedas adicionais e proteger o tesouro. Para além disso, a escavação também visou entender melhor as circunstâncias da deposição do tesouro há dois milênios.

O processo de restauração e análise científica está em curso no NLD. As moedas são atribuídas ao início do Império Romano, período marcado por intensas interações entre romanos e tribos germânicas, o que pode oferecer pistas sobre o papel histórico da região.

Os arqueólogos buscam determinar quem teria enterrado o tesouro — soldados, comerciantes ou locais — e em que contexto, se em momentos de guerra, comércio ou se fizeram parte de rituais. A análise poderá revelar também a origem dos metais preciosos e as conexões econômicas entre Roma e territórios germânicos.

Embora a descoberta tenha sido inicialmente ilegal, o caso foi arquivado por prescrição e, em breve, o tesouro será exibido ao público por seu valor histórico.